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sexta-feira, 30 de agosto de 2013

Cultura Viva: Uma vitória da cultura e criatividade brasileira


Para os movimentos sociais a Lei Cultura Viva,i aprovada na Comissão de Constituição e Justiça da Câmara dos Deputados, na sessão ordinária desta terça-feira (27), democratiza o financiamento às iniciativas de cultura local. Jandira Feghali, deputada federal pelo PCdoB/RJ, concorda e destaca que a aprovação é uma vitória para a cultura e criatividade brasileira.

Leia também:
Jandira comemora aprovação do projeto dos Pontos de Cultura


Grupo Fundo de Quintal se apresenta amanhã no Sesi Barra Mansa
Publicado em 30/08/2013, às 13h17 
Última atualização em 30/08/2013, às 13h17


Barra Mansa
O Sesi Barra Mansa, por intermédio do programa Sesi Cultural, recebe amanhã, dia 31, às 21h, o grupo Fundo de Quintal, com a turnê Nossa Verdade, do último disco, lançado em 2012. O álbum, com 14 faixas inéditas, é um resgate às tradições do Fundo de Quintal. O grupo de samba é o mais premiado da história da música nacional na categoria "samba", com discos de ouro e platina e nove Prêmios Sharp. No palco, o samba é reverenciado, passeando por clássicos desses mais de 30 anos de sucesso no melhor estilo exaltação, partido alto, romântico e calangueado.
O Fundo de Quintal surgiu no final da década de 1970 dentro do Bloco Carnavalesco Cacique de Ramos, na cidade do Rio de Janeiro. Os músicos se reuniam toda semana para fazer um som original, que começou a atrair a atenção de gente importante do mundo do samba. Alguns de seus maiores sucessos são "A Batucada dos Nossos Tantãs", "E Eu Não Fui Convidado", "Boca Sem Dente", "Ô Irene", "O Show Tem Que Continuar", "Do Fundo do Nosso Quintal", "Só pra Contrariar", "Vai Lá Vai Lá", "Nosso Grito", entre outros.
Do disco que está em turnê, o grupo traz "Nossa Verdade", "Fera no Cio", "Lá Debaixo da Tamarineira", "Fé em Deus" e uma homenagem à sambista dona Ivone Lara com "Luz da Alvorada". Na sequência, o Fundo toca os grandes sucessos de sua carreira, como "O Show Tem Que Continuar", "Parabéns Pra Você", "A Amizade" e "Lucidez". Sem perder o ritmo, o vocalista Délcio Luiz faz um pout pourri de seus hits do samba, incluindo "Seja Mais Você", "Por um Erro" e "Te Amo". Também está no repertório a famosa "Dança do Miudinho", uma homenagem do grupo aos grandes mestres sambistas do passado.
Os ingressos custam R$ 30 e podem ser adquiridos antecipadamente no Sesi Barra Mansa, que fica na Avenida Dário Aragão, 2, Centro, e no Senai, na Rua Senhor do Bonfim, 130, Saudade, das 8h às 20h. A classificação etária é de 18 anos. Mais informações pelo telefone (24) 3323-5512 ou no site (www.firjan.org.br/sesicultural).

Serviço

O show do grupo Fundo de Quintal acontece amanhã, dia 31, às 21h, no Sesi Barra Mansa, na Avenida Dário Aragão, nº 2, Centro. Informações: (24) 3323-5512.


Leia mais: http://diariodovale.uol.com.br/noticias/15,78176,Grupo-Fundo-de-Quintal-se-apresenta-amanh%E3-no-Sesi-Barra-Mansa.html#ixzz2dTWELvtk

quinta-feira, 29 de agosto de 2013

O nordeste e o Brasil inteiro


Rosa Minine
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Violonista, cantor e compositor, o alagoano Ibys Maceioh é dono de um repertório eclético repleto de xotes, sambas, choros, boleros, coco e tudo mais que conviveu por todo Brasil, sem perder a sua identidade nordestina. Amigo de Zé Ketti, chegou a morar uma temporada em sua casa no Rio e conviver com sambistas da velha guarda do samba carioca. Com quase quarenta anos de carreira e discos gravados, Ibys se apresenta pelo país e pensa novos projetos.  
– Nasci em Porto Calvo, um lugarejo no interior de Alagoas, em uma região onde se explorava a cana de açúcar, os engenhos. Ainda menino, comecei tocando violão nas serestas de lá. Depois fui para Maceió fazer o colegial, onde tive a oportunidade de estudar com o Luizinho 7 Cordas e o Zé Romero, e tocar em bailes e rádios de lá – lembra Ibys.
– Além do forró e da música do Luiz Gonzaga em especial, também tinha a influência daquela turma antiga do rádio: Nélson Gonçalves, Orlando Silva e outros. Depois vim para São Paulo morar com um irmão meu. Ele montou um bar e eu acertei de tomar conta do estabelecimento, em troca me pagaria os estudos de música – continua.
– Assim, ingressei na escola do Zimbo Trio, o Clam – Centro Livre de Aprendizagem Musical, e logo virei monitor. Enquanto isso, no bar do meu irmão ia conhecendo pessoas envolvidas com música e tendo contato com outros universos musicais: Nélson Cavaquinho, Zé Ketti, Elton Medeiros e Paulinho da Viola. Meu conhecimento foi enriquecendo – acrescenta.
Ibys diz que aprendeu mais sobre música nordestina depois que foi morar em São Paulo.
– Passei a estudar e conhecer melhor os compositores da minha terra. Foi aqui, por exemplo, que ouvi Dilermando Reis e João Pernambuco. E fui indo, tocando na noite paulistana do Bexiga, do Ibirapuera, e outros, conhecendo grandes compositores. Um deles, por exemplo, foi o sambista Zé Ketti, com quem morei por quase um ano – comenta.

Cultura potiguar brasileira

Rosa MinineEnvolvidos com a cultura popular do Rio Grande do Norte, os cantores e compositores Cida Lobo e Edinho Oliveira, casados e parceiros há cerca de 30 anos, misturam suas influências nordestinas com o que conheceram do resto do país em São Paulo. Radicados na capital paulista há anos, Cida e Edinho preparam um show só com músicas da época do regime militar, enquanto circulam com um repertório cheio de samba, coco, baião, e muitos outros gêneros da música popular brasileira.
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— Comecei a cantar porque era muito envolvida com dança e o diretor da nossa companhia precisava de alguém que fizesse algumas canções. Assim, começamos a montar algumas peças comigo cantando, e fui tomando gosto até chegar ao ponto de seguir carreira de cantora. Na verdade, a música já estava muito presente em mim, porque em minha infância escutávamos muita música boa lá em casa — conta Cida.
— Meus pais gostavam do samba do Jackson do Pandeiro, João Nogueira, Noca do Acordeon, que fazia uma mistura de samba com aquele toque de sanfona. Também ouvíamos muito coco, baião feito com uma raiz bem forte do nordeste, entre outras coisas — continua.
— A nossa música norte-rio-grandense é muito interessante. Pelos guetos da cultura popular temos o coco de roda, tudo que envolve as festas juninas e a festa de reis, bem forte por lá. Contudo, naquela época parece que não era trabalhada ou era ocultada para nós. O que chegava a mim era através dos discos do meu pai, um núcleo de música brasileira de uma forma geral, incluindo a nordestina — acrescenta.
Cida nasceu em Natal e por alguns anos consolidou sua carreira na cidade e em outras próximas.

Vivendo forró e Luiz Gonzaga

Rosa MinineSobrinho de Luiz Gonzaga e nomeado por ele como seu sucessor cultural, Joquinha Gonzaga mantém a tradição da família em Exu, Pernambuco. Filho de Dona Muniz, uma das quatro irmãs de Gonzaga, Joquinha conviveu desde a infância com Jackson do Pandeiro, Dominguinhos, entre outros artistas que frequentavam o Sítio dos Gonzagas, onde nasceu e foi criado.
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— Sou forrozeiro, sanfoneiro, cantor e compositor por causa do meu tio Gonzaga, que me ensinou, lançou e incentivou. Até os 14 anos de idade não tinha intenção de ser músico, e foi nessa idade que ele me deu uma sanfona de 8 baixos, também chamada de 'pé de bode' —recorda Joquinha.
— Aprendi a tocar em um ano e ele percebendo uma habilidade em mim para o negócio, me falou: 'Olha, eu vou te dar um acordeon, porque ele tem mais recursos. Assim você pode o dia de amanhã se um cantor e se acompanhar com a sanfona' — continua.
A partir daí Joquinha começou a tocar em escolas, clubes, festas nordestinas e outros eventos na sua região, Santa Cruz da Serra, Duque de Caxias, RJ.
— Em 1948, tio Gonzaga levou as quatro irmãs para viver com ele no Rio de Janeiro, mas, como morava em um lugar bem movimentado da cidade, elas não se adaptaram e quiseram voltar para o sertão. Ele não quis aceitar: 'Não, lá vocês vão sofrer muito e ficar longe de mim' 
 

A 7ª edição do Festival CineMúsica acontece de 5 a 8 de setembro

Filmes, estreias, gastronomia, shows agitam a cidade de Conservatória, no Rio 

A cidade da seresta recebe pelo sétimo ano consecutivo o Festival CineMúsica, dedicado ao universo do som no cinema. Esta edição tem como tema o BRock - o rock dos anos 80, a terceira geração do rock’n roll nacional que surgiu no final da ditadura militar trazendo ironia, novas referências e acento pop. Serão trazidos de novo à cena o emblemático e inaugural Circo Voador, a carreira do cineasta Lael Rodrigues - principal divulgador da nova música - e grupos como Blitz, Legião Urbana, Dorsal Atlântica e muitos outros mais.
O Festival cresce a cada ano e além dos filmes, palestras, oficinas, gastronomia e mesas-redondas, apresenta mais uma vez algumas novidades: uma parceria com a PUC-Rio, um júri especial para a escolha dos filmes premiados, a realização do I Encontro Nacional dos Profissionais do Som e a presença de três homenageados ilustres dos bastidores do cinema: a editora e montadora premiada Virgínia Flores, o projecionista Silvério, de 101 anos, e o empresário Cezário Felfelli. 
'A Nave' tem foco na história do Circo Voador
'A Nave' tem foco na história do Circo Voador
A direção do festival é de Ivo Raposo Júnior  e  a curadoria é de Hernani Heffner, que destaca neste ano a comemoração dos 80 anos da chegada do som ótico ao Brasil, marcada pelo lançamento de Voz do Carnaval, de Adhemar Gonzaga e Humberto Mauro. O filme, considerado perdido por longo tempo, reaparecerá com a exibição de um raríssimo fragmento sonoro. Haverá também uma reflexão ampla sobre o profissional de criação sonora e sobre a trajetória da crítica cinematográfica. No novo espaço Tenda PUC essas mesas-redondas serão seguidas da exibição de filmes comentados por um membro da equipe e por um crítico de cinema selecionado. Entre os críticos convidados estão Miguel Pereira, Rodrigo Fonseca e Luís Alberto Rocha Melo.
Este ano, o evento oferece três prêmios voltados para a criação sonora: os tradicionais Troféu CineMúsica para longas exibidos entre julho de 2012 e junho de 2013; e Troféu Light para curtas do mesmo período; e o novo Prêmio Delart CineMúsica de serviços sonoros para cineastas com até 2 longas realizados.
O Prêmio Delart CineMúsica, de serviços de pós produção sonora, é um incentivo à busca pela excelência técnica e artística por realizadores iniciantes. Os filmes serão exibidos durante o festival e um júri especial escolherá o grande vencedor, que receberá 15 horas de mixagem no Delart Estúdios Cinematográficos, responsável pela pós-produção sonora de grandes clássicos brasileiros, como O Dragão da Maldade contra o Santo Guerreiro e Linha de Passe, e pela grande maioria das dublagens para cinema e televisão exibidas no país.
A programação inclui 92 filmes e, entre eles, alguns destaques: A Nave, dirigido por Tainá Menezes, terá uma special working test screening na abertura do festival e tem foco na história do Circo Voador; a Pré-estréia Mundial de Dorsal – A História da Dorsal Atlântica, dirigido por Frederico Neto e Alex Aguiar, que aborda a trajetória de uma das principais bandas de heavy metal dos anos 80; Eles Voltam, de Marcelo Lordello, vencedor do último Festival de Brasília; Balada do Provisório, comédia de espírito carioca de Felipe David Rodrigues, um dos destaques da Mostra de Cinema de Tiradentes; e o documentário Mazzaropi, de Celso Sabadin, realizado para comemorar o centenário do ator, roteirista, diretor e produtor paulista Amácio Mazzaropi.
Também estão incluídas mais algumas obras que fazem referência ao universo da música como Paulo Moura - Alma do Brasil, Ensaio sobre o Silêncio, Viva Viva, Um filme para Dirceu, Desagradável e Música Serve Para Isso – Uma História dos Mulheres Negras, entre outros. No Cine Praça, a exibição de Lábios sem Beijos, dirigido pelo grande Humberto Mauro, lembra que o chamado cinema silencioso, na verdade, sempre teve acompanhamento sonoro. O musicista Carlos Eduardo Pereira será o pianeiro (pianista de cinema) da sessão. Outra lembrança especial é o curta dedicado à sede do festival, Cine Centímetro, dirigido por Danon Lacerda.
Os quatro pontos de exibição dos anos anteriores continuam: a Praça da Matriz, o Cine Tela Brasil, o Cine Milímetro e o Cine Centímetro - réplica do saudoso cinema carioca Metro Tijuca, uma das principais salas de exibição de filmes de 1940 a 1970. Em paralelo, no Espaço Som, acontece a exposição Ressonâncias Históricas – A Tecnologia de Som no Cinema Brasileiro, que reúne diversos equipamentos usados em diferentes etapas da captação, processamento e finalização do som de um filme, com destaque para o famoso gravador magnético Nagra IV e para o conjunto de processadores Dolby Tipo A usados pioneiramente na introdução do Dolby no Brasil, em filmes como Corações a Mil e Ópera do Malandro. A curadoria é de Clarisse Xavier e Lívia Botelho.
 O público também poderá usufruir do circuito paralelo Sabor CineMúsica. O evento gastronômico conta com oficinas de culinária e a presença de chefs de renome, como o francês Damien Montecer, do restaurante Club des 5, e Isaias Neries, do restaurante do Hotel Parador Lumiar, localizado em Nova Friburgo.
O Programa Formacine, que incentiva e leva as crianças da rede municipal de ensino aos cinemas, mais uma vez irá exibir uma série de produções voltadas para os públicos infantil e juvenil. Estão programadas ainda para esse ano oficinas e apresentações musicais para as crianças. Pelo terceiro ano, haverá uma sessão de audiodescrição - destinada a deficientes visuais com o premiado Colegas – O filme, de Marcelo Galvão.
Na praça, no final de cada dia do festival, shows de grupos convidados fecham a noite.  Na quinta, a banda Madame Zero e na noite de sexta é a vez da Mais do Mesmo, cover da Legião Urbana. Sábado, o  Allegro Coral e Orquestra, regido pelo premiado maestro Renato Misiuk, apresenta um repertório dedicado ao rock nacional e ao BRock em especial.
No domingo, o Cinebloco Brass Band faz uma apresentação que inclui performances, teatro e música com trilhas consagradas do cinema em versões que misturam samba, maracatu, funk, marchinhas, côco e ritmos regionais em geral. O tom divertido fica por conta do figurino dos músicos, que aparecem caracterizados como personagens dos filmes.
O Festival CineMúsica é patrocinado pela Light, Grupo CCR, Petrobras, Eletrobrás Furnas e Senac, e certificado na Lei Federal de Incentivo à Cultura – Lei Rouanet/Ministério da Cultura e na Lei do ICMS/ Secretaria de Estado de Cultura do Rio de Janeiro.
O Festival é promovido pela Associação Cultural Cine Música e conta com o apoio da Prefeitura de Valença, Casa de Cultura de Conservatória, Fecomércio, PUC-Rio, Delart e Canal Brasil.
Ganhadores do Troféu Cine Música: 
O som ao redor – Melhor Som
Elena – Melhor Música Original
Jards – Melhor Seleção Musical
Era uma vez Eu, verônica – Melhor Captação de Som e Melhores Ruídos de Sala
Meu Pé de Laranja Lima – Melhor Edição de Som
Uma História de Amor e Fúria – Melhor Desenho de Som, Mixagem, Efeitos Sonoros e Direção de Dublagem
Cabra Marcado para Morrer – Melhor Restauração de Som
Ganhadores do Troféu Curta Light: 
A onda traz, o vento leva - Melhor Som
Dia estrelado - Melhor Desenho Sonoro e Edição de Som
Quando Morremos à Noite - Melhor Captação de Som

Mais Leitura vai vender livros por até R$ 4 em todo o estado do Rio

Mais Leitura vai vender livros por até R$ 4 em todo o estado do Rio
 Publicação: segunda-feira, 26 de agosto de 2013 (16:19) O projeto Mais Leitura, que oferece livros a preços populares entre R$ 2 e R$ 4, tem agora uma versão itinerante, lançada nesta segunda-feira, no bairro da Glória, na zona sul. A bordo de um caminhão, capaz de transportar até 10 mil títulos, o projeto vai percorrer todos os municípios do Rio. O veículo se transforma em uma loja móvel, com expositores, computadores, balcão, além de ter acesso para pessoas com deficiência.
Atualmente, o Mais Leitura tem três lojas, que funcionam nos postos de atendimento do programa do governo, Poupa Tempo, em São João de Meriti, na Baixada Fluminense; em São Gonçalo, na região metropolitana; e em Bangu, na zona oeste. Segundo a Imprensa Oficial, ao longo de dois anos já foram vendidos mais de 600 mil livros.
Criado em 2011 pela Imprensa Oficial do estado do Rio de Janeiro, em parceria com o governo estadual, mais de 40 editoras participam do projeto.
De acordo com o diretor-presidente do órgão, Haroldo Zager, a nova etapa do projeto deverá chegar a cerca de quatro milhões de leitores em todo o estado. "Vamos começar esse giro cultural ainda nesta semana pelas comunidades da Rocinha, na zona sul, e na favela de Manguinhos, na zona norte da cidade. A ideia que nós temos é visitar todos os municípios fluminenses pelo menos duas vezes por ano", disse Zager.
A secretária estadual de Cultura, Adriana Rattes, destacou que o objetivo da ação é incentivar a leitura, por meio de preços acessíveis dos livros. "Sem dúvida, este projeto irá transformar o cenário cultural do estado. No Brasil, se lê pouco, mas não por falta de interesse. Os preços praticados aqui são muito altos. Neste projeto, nós temos um acervo muito diversificado de temas e editoras. Todas as pessoas vão poder comprar os títulos daqueles assuntos que mais gostam, além de adquirir cada vez mais o hábito da leitura", explicou.
O Mais Leitura funciona de segunda a sexta-feira, das 8h às 18 horas, e aos sábados, das 9h às 13 horas. Cada cliente pode comprar, por dia, dois livros diferentes. Com informações da Agência Brasil.

quarta-feira, 28 de agosto de 2013

Governo vai negociar ainda taxa de administração do vale-cultura

O governo federal publicou nessa terça-feira (27) o decreto que regulamenta o vale-cultura, mas ainda não definiu quanto as empresas de cartões benefícios poderão cobrar dos estabelecimentos e dos empregadores que aderirem ao programa e passarem a fornecer R$ 50 para que seus funcionários gastem exclusivamente com produtos e serviços culturais.


Segundo o Decreto, os limites da taxa de administração que as empresas operadoras poderão cobrar devem ser fixados em ato administrativo da ministra da Cultura, Marta Suplicy.

A assessoria do Ministério da Cultura (MinC) informou que uma instrução normativa deve ser publicada até o dia 6 de setembro. Até lá, o MinC promete negociar os percentuais com as empresas operadoras interessadas. O ministério publicou em seu site um convite para que os representantes das companhias de cartões benefícios interessadas participem, nesta sexta-feira (30), de uma reunião técnica em que serão detalhados os procedimentos de adesão ao programa.

De acordo com o Decreto nº 8084, o MinC também ainda terá que definir a forma e os procedimentos para que as empresas se cadastrem e obtenham autorização para produzir e comercializar o vale-cultura, bem como os parâmetros e a periodicidade dos relatórios que deverão apresentar sobre o uso que os benefíciários fazem dos R$ 50.

O decreto, contudo, estabelece que, para serem autorizadas a produzir e comercializar o cartão, as empresas de cartões benefícios deverão comprovar que têm qualificação técnica necessária e receber o aval do MinC. O ministério garante que não há, até o momento, nenhuma proposta para limitar o número de empresas autorizadas a oferecer o produto e que todas as inscritas que cumprirem as exigências serão habilitadas. 

Os R$ 50 concedidos preferencialmente aos trabalhadores que recebem até cinco salários mínimos deverão ser distribuídos de preferência por meio de um cartão magnético semelhante aos já existentes para alimentação, compras em supermercados e postos de combustível. Os créditos disponibilizados não terão prazo de validade, podendo ser acumulados, mas deverão ser usados exclusivamente com bens e serviços culturais, em museus, galerias, teatros, cinemas, shows, livros, revistas e outros produtos artísticos.

A expectativa do Ministério da Cultura é que o vale esteja disponível até o fim do ano, beneficiando até 42 milhões de brasileiros, com a possibilidade de injetar R$ 25 bilhões no setor. Desde que, ainda em 2007, sob a gestão de Gilberto Gil, o Ministério da Cultura passou a apoiar o projeto de lei do ex-deputado e atual ministro do Tribunal de Contas da União (TCU), José Múcio Monteiro (PTB-PE), as empresas aguardam o momento de lançar seus próprios cartões no mercado, disputando a preferência dos empregadores que aderirem ao programa.

Apenas dois meses após a sanção do vale-cultura, em dezembro de 2012, e antes mesmo da regulamentação da lei, a Ticket já anunciava, na internet, o lançamento do seu Ticket Cultura. Outra empresa de cartões-benefícios, a VR, também divulga há meses em seu site o lançamento do VR Cultura, embora lembre que aguarda a regulamentação da Lei 12.761 para poder oferecê-lo no mercado. A Alelo informou que está “apta a emitir o Vale-Cultura” tão logo esteja definitivamente instituído.

Fonte: Agência Brasil


Maior crescimento do turismo internacional é de países emergentes

O secretário-geral da Organização Mundial de Turismo (OMT) da ONU, Taleb Rifai, apontou que "devido à deficiência de infra-estruturas e às dificuldades de financiamento", o setor do turismo na África corresponde a menos de 4% do total mundial, mas deve crescer. As informações foram dadas em coletiva de imprensa nesta terça-feira (27), durante a 20ª Conferência da OMT, na Zâmbia (sul da África).


Infraero
Aeroporto de Brasília
Aeroporto de Brasília
A 20ª Conferência da OMT está sendo realizada em Victoria Falls, na fronteira da Zâmbia com o Zimbábue. Rifai revelou que segundo as projeções da organização, o número de turistas no mundo continuará a aumentar nos próximos 20 anos, e a África será o continente mais beneficiado por essa tendência. 

Além disso, Rifai lembra que os recursos turísticos africanos são imensos, porém, devido à insuficiência no setor dos transportes e à deficiência de infra-estruturas, entre outros fatores, a África representa, atualmente, menos de 4% do mercado turístico mundial. 

Em 2030, a África deverá receber 134 milhões de viajantes, um número três vezes maior do que os dados atuais, mas um fator que também deve contribuir para o baixo fluxo de visitantes atualmente é a distância cultural e a falta de informações sobre o continente.

O fato de vários países africanos apresentarem elevados índices de crescimento e enquadrarem-se na classificação "em desenvolvimento", ou "emergente", também deve ser um fator atrativo. 

De acordo com um comunicado publicado na página oficial da OMT, nesta segunda (26), a demanda turística mundial superou as expectativas na primeira metade deste ano. O fluxo cresceu 5% em comparação com o mesmo período de 2012, com quase 500 milhões de viajantes no primeiro semestre de 2013.

O crescimento, com 25 milhões de turistas internacionais a mais do que no ano passado, foi mais expressivo nas economias emergentes (de 6% a mais do que 2012) do que nas avançadas (4% a mais).

Com agências,
Da redação do Vermelho

Arqueólogos descobrem peças do período pré-inca no Peru

Uma equipe de pesquisadores descobriu um complexo arqueológico em Chavín de Huántar, no Norte do Peru. No local, foram encontradas peças esculpidas em forma de cabeças, feitas em pedra, do período-pré-inca. A estimativa é que as obras de arte tenham mais de 2 mil anos. 


EFE
Arqueólogos descobrem peças do período pré-inca no Peru
Cabeças incas de dois mil anos de antiguidade descobertas no Peru
O chefe do grupo de pesquisadores, o arqueólogo norte-americano, John Rick, destacou que as peças têm formato humano, mas são semelhantes também a alguns animais.

As esculturas em pedra foram localizadas quando os pesquisadores faziam escavações na região. As cabeças encontradas têm 39 centímetros de largura, 43 de altura e pesam, em média, 250 quilos. Rick disse que pela expressão nas esculturas, as faces parecem estar soprando ou assobiando.

Segundo o arqueólogo, as cabeças em pedra eram colocadas em cima das fachadas, em locais elevados. De acordo com ele, havia centenas dessas peças. Pelos estudos do período pré-inca, havia crenças na evolução do animal para o homem, daí a avaliação do pesquisador de que há traços de animais mesclados com humanos.

"Encontramos as pedras trabalhadas e entre elas as duas cabeças na mesma posição", afirmou Rick, em entrevista para a Telesur, indicando que as esculturas rolaram depois de um terremoto.

Desde 2004, a organização norte-americana Global Heritage Fund, a Universidade de Stanford e a companhia mineradora Antamina financiam projetos de investigações arqueológicas e de conservação em Chavín de Huántar.

Da redação do Vermelho,
Com informações da Agência Brasil e Telesur

terça-feira, 27 de agosto de 2013

MinC abre debate sobre Democratização da Mídia e Cultura Digital

O Ministério da Cultura, por intermédio da Secretaria de Políticas Culturais, está mobilizando os atores da sociedade a participar, no espaço virtual, da Conferência Livre para a Democratização da Comunicação e a Cultura Digital a partir desta terça-feira (27).


 
MinC inicia Conferência Livre para a Democratização da Comunicação e a Cultura Digital nesta terça-feira (27).
A Conferência Livre para a Democratização da Comunicação e a Cultura Digital é um momento de diálogo com a sociedade civil com o objetivo de subsidiar as conferências estaduais e territoriais de cultura para a construção de políticas de comunicação e cultura digital alinhadas ao Plano Nacional de Cultura, em especial à meta 45 e ao Programa Comunica Diversidade.

O tema sobre a Democratização da Comunicação e a Cultura Digital está presente no Eixo 2 - Produção Simbólica e Diversidade da 3ª Conferência Nacional de Cultura (CNC) “Uma Política de Estado Para a Cultura: Desafios do Sistema Nacional de Cultura”, que será realizada, em Brasília, no mês de novembro. O Eixo 2 tem como foco o fortalecimento da produção artística e de bens simbólicos e da proteção e promoção da diversidade das expressões culturais, com atenção para a diversidade étnica e racial.

A plataforma da Conferência disponibilizará, durante um período de 45 dias, um conjunto de 189 propostas de ações do Programa Comunica Diversidade para avaliação da sociedade civil. Estas 189 ações foram construídas com a participação das unidades do MinC e suas instituições vinculadas, por meio de um Grupo de Trabalho, e da sociedade civil, durante o Seminário e Oficina Nacional de Indicação de Políticas Públicas para Cultura e Comunicação, ocorrido em 2012.

Esta iniciativa permitirá que cada unidade da federação se posicione sobre suas 12 ações prioritárias sobre o tema da Comunicação e Cultura Digital. A plataforma virtual possibilitará a extração dos resultados por estado, de modo a subsidiar aos delegados para que sigam com a pauta para suas conferências estaduais ou distrital.

Mais informações acesse: http://consultas.culturadigital.br/confelivrecomcult

Informações adicionais em www.cultura.gov.br.

Fonte: Ascom MinC

Governo federal regulamenta vale-cultura

Oito meses após a sanção da lei que criou o Programa de Cultura do Trabalhador e instituiu o vale-cultura, o governo federal publicou o decreto presidencial que regulamenta as duas iniciativas. O objetivo do programa é facilitar o acesso dos trabalhadores aos produtos e serviços culturais, estimulando a visitação a galerias, museus, teatros, cinemas, shows e a compra de livros, revistas e outros produtos artísticos.


Segundo o Decreto nº 8084, publicado no Diário Oficial da União desta terça-feira (27), o vale-cultura de R$ 50 mensais será oferecido preferencialmente a trabalhadores com vínculo empregatício formal que recebam até cinco salários mínimos – atualmente R$ 3.390.

O decreto estabelece os percentuais do benefício que vão ser descontados dos salários dos trabalhadores. Para tanto, é levado em conta a faixa salarial: 2% para os beneficiários que recebem até um salário mínimo mensal (R$ 678); 4% para os que ganham entre um e dois salários mínimos (R$ 1.356); 6% para quem recebe entre dois e até três salário mínimos (R$ 2.034); 8% para quem ganha entre três e quatro salários mínimos (R$ 2.712) e 10% para quem tem rendimento acima de quatro salários mínimos.

Dessa forma, um trabalhador que ganha um salário mínimo, que queira receber o vale-cultura e cuja empresa aderir ao programa, terá R$ 1 descontado mensalmente de seus vencimentos, para receber os R$ 50 do vale. Em outro exemplo, no caso dos profissionais que ganham entre quatro e cinco salários mínimos, o desconto será de R$ 5 mensais para receber o benefício.

Trabalhadores que recebem acima de cinco salários mínimos também poderão requisitar o benefício, desde que suas empresas façam a adesão ao programa e que tenham garantido o benefício a todos os funcionários do grupo preferencial.

Para os trabalhadores que ganham mais que R$ 3.390, contudo, os descontos vão ser maiores: 20% para os que ganham entre cinco e seis salários mínimos; 35% entre seis e oito salários mínimos; 55% entre oito e dez salários mínimos; 70% entre dez e 12 salários mínimos e 90% para quem ganha acima de 12 salários mínimos (R$ 8.136) – faixa de ganho na qual o beneficiário terá que pagar R$ 45 dos R$ 50 recebidos.

De acordo com a Lei nº 12.761 de dezembro de 2012, o vale-cultura deverá ser confeccionado preferencialmente em meio magnético – ou seja, na forma de um cartão semelhante aos já existentes para alimentação – comercializado e disponibilizado por empresas operadoras que possuam o Certificado de Inscrição no Programa de Cultura do Trabalhador e que estejam autorizadas a produzir e comercializar o vale-cultura. Os créditos disponibilizados não terão prazo de validade, podendo ser acumulados.

Até 2017, as empresas que aderirem ao Programa de Cultura do Trabalhador e distribuírem o vale-cultura a seus trabalhadores poderão descontar do Imposto de Renda Pessoa Jurídica (IRPJ) os valores investidos na aquisição do benefício. A dedução estará limitada a 1% do IRPJ devido com base no lucro real trimestral ou no lucro real apurado no ajuste anual.

Para fins fiscais, o decreto estabelece que o valor do vale-cultura não integra o salário, é isento de cobrança do Imposto de Renda Pessoa Física (IRPF) e não constitui base de incidência de contribuição previdenciária ou do Fundo de Garantia do Tempo de Serviço (FGTS).

A oferta e a operacionalização do Vale-Cultura será fiscalizada pelo Ministério do Trabalho e Emprego. Se constatar alguma irregularidade, a pasta deverá comunicar o fato aos ministérios da Cultura e da Fazenda, que decidirão sobre as penalidades a serem aplicadas.

Fonte: Agência Brasil

Arquivo Nacional apresenta cultura e história luso-brasileiras

A memória da cultura luso-brasileira a partir do século 15 é o foco da exposição O Mundo Luso-Brasileiro inaugurada nesta segunda-feira (26) no Arquivo Nacional (AN), no centro do Rio. Para a historiadora Cláudia Heyneman, que com a colega Vivien Ishaq, fez a curadoria, a exposição é a possibilidade de se contar a história do império ultramarino que, na avaliação dela, talvez seja o maior da época moderna.


“Esse império tem histórias contidas que vão desde a ocupação dos holandeses, o tráfico de escravos, os viajantes, as ideias perigosas, quando se pretende romper com Portugal até os princípios da ciência”, explicou.

A exposição apresenta documentos originais e reproduções do período da Colônia à Independência do Brasil, produzidos entre o fim do século 16 e o início do século 19. Além de percorrer a expansão de Portugal pelo mundo, com a colonização de Macau, na China, e de Diu, na Índia, mostra também a determinação portuguesa no período de propagar a religião católica.

Raramente exposta ao público, o original da Constituição brasileira de 1824, outorgada por Dom Pedro I, é o destaque em um dos salões da exposição. Para que o visitante veja os detalhes da capa da primeira constituição do país, feita em veludo verde com o brasão e ornamentação banhados a ouro, os organizadores puseram um espelho em baixo do exemplar para que ela possa ser melhor observada.

No juramento o imperador começa com a defesa da fé católica, enquanto a atual constituição determina o estado laico. “Não se concebia o Estado sem a Igreja Católica era uma relação orgânica e indissolúvel”, disse a historiadora.

Ainda entre os documentos originais, o público vai poder ver o tratado de paz entre Portugal e França, assinado em 1801 por Napoleão Bonaparte e que provocou o fechamento dos portos portugueses aos navios ingleses. A curadora disse que, quando se fala na vinda da corte portuguesa ao Brasil, é costume pensar na aliança entre Portugal e Inglaterra e da invasão francesa em terras portuguesas, mas, antes disso, Portugal viveu um momento difícil causado pela pressão da Espanha, França e Inglaterra na disputa do continente europeu.

“Encontrar um documento com a própria assinatura de Napoleão em que Portugal, naquele momento, fecha os seus portos à Inglaterra, é politicamente muito interessante em ver quanto um pequeno reino fez política para salvaguardar o seu império”, explicou.

A vida brasileira da época são retratadas nas obras do pintor francês Jean Baptiste Debret, além das cenas pintadas por J. B. Spix e Von Martius, integrantes da missão científica austríaca que esteve no Brasil entre 1817 e 1820. A historiadora informou que a exposição tem uma prancha da Viagem Pitoresca, nome do livro de Debret, em que ele mostra os vendedores de arruda nas ruas do Rio de Janeiro. “Debret foi talvez o maior artista desse período, porque ele pegou essas cenas de cotidiano e prestou particular atenção aos escravos mostrando a condição em que eles estavam naquela sociedade”, disse.

A presença holandesa no chamado Novo Mundo também é marcante na exposição. O vídeo Nordeste: o País dos Holandeses tem imagens extraídas de livros raros dos séculos 17 e 18. “ Com mais liberdade religiosa e outras liberdades. Embora os holandeses mantenham toda a questão da escravidão, não se pode negar que é um período também de maior liberdade de pesquisa científica. Eles constroem um observatório astronômico”, disse.

Na avaliação de Cláudia Heyneman, o auge da exposição, após as transformações que acontecem em Portugal, é a chegada da corte portuguesa no início do século 15, quando começa um novo tempo para o Brasil, transformado em império por Dom Pedro I.

Com entrada franca, a exposição, que começou hoje, vai até o fim de outubro. Ela pode ser vista de segunda a sexta-feira, das 8h às 18h, no Arquivo Nacional, na Praça da República, 173 no Rio de Janeiro.

Fonte: Agência Brasil


Jandira comemora aprovação do projeto dos Pontos de Cultura

 O Ponto de Cultura no Brasil surgiu como programa inovador do Governo Lula e precisava de uma regulamentação legal. Há dois anos está sendo trabalhado na Câmara dos Deputados por diversas comissões e eu, por ser presidente da Comissão de Cultura, fico muito feliz dessa comissão ter sustentado a legitimidade do projeto”, disse a deputada Jandira Feghali (PCdoB-RJ-foto) ao ver aprovado o projeto de sua autoria que transforma o programa Cultura Viva em política de Estado. 


Após aprovação, nesta terça-feira (27), na Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) da Câmara, o projeto segue direto para o Senado. Aprovado, vai à sanção presidencial.

O Cultura Viva - Programa Nacional de Cultura, Educação e Cidadania - criado e desenvolvido pelo Ministério da Cultura desde 2005, torna-se política cultural permanente do Estado brasileiro, proposta pelo então secretário de Cidadania Cultural, o historiador Célio Turino. 

Segundo Jandira, que apresentou o projeto em 2011, a proposição cumpre determinação do artigo 215 da Constituição Federal dispondo que “o Estado garantirá a todos o pleno exercício dos direitos culturais e acesso às fontes de cultura nacional, e apoiará e incentivará a valorização e a difusão das manifestações culturais", e é respaldada na Convenção Mundial da Diversidade Cultural da Unesco. 

Ainda de acordo com os artigos 215 e 216 o Estado brasileiro tem também como missão democratizar o acesso aos bens de cultura e valorizar o patrimônio cultural brasileiro. 

Segundo pesquisa do IPEA, são mais de oito milhões de pessoas envolvidas na rede de Pontos de Cultura, participando em níveis diferentes, como gestores, professores e oficineiros, artistas, criadores, alunos, consumidores, público apreciador. 

Atualmente conta-se com mais de 3.000 Pontos de Cultura espalhados por todo o Brasil, nas diversas áreas, dos sertões ao litoral, de aldeias indígenas às grandes cidades, de grupos de cultura tradicional a vanguardistas. 

O programa, além disso, construiu um importante patrimônio para a sociedade brasileira, ligado a consolidação de um lastro social extremamente capilarizado que se manifesta em Fóruns e Redes de Pontos de Cultura, empoderando atores e fortalecendo a complexa teia cultural brasileira, avalia a parlamentar.

De Brasília
Márcia Xavier

sexta-feira, 23 de agosto de 2013

Exposição fotográfica revela Venezuela que nem todos conhecem

Exposição fotográfica revela Venezuela que nem todos conhecem


O período eleitoral da Venezuela foi cercado de contradições para quem acompanhava as informações do Brasil. Um povo com amplo direito à liberdade ou cerceado de suas atividades cidadãs e democráticas? As respostas a estas perguntas estão na exposição fotográfica que será aberta nesta sexta-feira (23) às 19h no Espaço Cultural dos Bancários, em Curitiba.


Joka Madruga esteve em Caracas e Trujillo, em agosto de 2012 e Caracas em abril de 2013/ fotos: Joka Madruga

“Palante Venezuela” é o resultado do trabalho do repórter fotográfico Joka Madruga que reuniu imagens das duas últimas eleições no País. Madruga esteve em Caracas e Trujillo, em agosto de 2012 e Caracas em abril de 2013. “O jogo na Venezuela é muito claro. Existe esquerda e existe direita e cada um tem seu lado assumido, não é como aqui que tem uma maquiagem. Isto é mostrado nas imagens que retratam o cotidiano dos venezuelanos durante as eleições”, explica o fotógrafo.



Ao todo são 73 fotografias que mostram eleitores votando, o povo levando sua constituição em mãos, o presidente eleito Nicolás Maduro logo após o anúncio de sua vitória, crianças venezuelanas participando de comícios e até mesmo a participação de Diego Maradona nas eleições. “Acima de tudo foi um grande fenômeno social, com ampla participação e, ao contrário do que se diz, sem nenhum cerceamento a liberdade de nenhum dos lados. Imagine uma eleição sem voto obrigatório e com 80% de participação. Foi o que vi na Venezuela e agora trago nesta exposição”, completa Joka.



Durante a abertura, programada para o dia 23 de agosto, será realizado um debate com tema “Imprensa e Democracia na Venezuela” e já está confirmado, além do repórter fotográfico, o jornalista Leonardo Severo, autor de diversos livros e que também participou da cobertura das eleições.



A entrada é sem custo, mas Joka avisa que as fotografias estarão disponíveis para venda com objetivo de angariar recursos, para novas coberturas com temas relacionados aos trabalhadores na América Latina. A exposição ficará no Espaço Cultural dos Bancários até o dia 6 de setembro.

Serviço:

Abertura da exposição “Palante Venezuela”

Data: 23/08 (sexta-feira)

Horário: 19h

Endereço: Espaço Cultural dos Bancários. Rua Piquiri, 380, bairro Rebouças. Curitiba – PR.

Entrada franca.

Informações: Joka Madruga (41) 9938-3744

Merenda escolar: FAO leva experiência brasileira para AL e África

Merenda escolar: FAO leva experiência brasileira para AL e África


A Organização das Nações Unidas para a Alimentação e a Agricultura (FAO) vai levar a experiência do Brasil em alimentação escolar para países da América Latina e África. A intenção é que o Programa Nacional de Alimentação Escolar (Pnae) sirva de base para que os países aprimorem os próprios programas de oferta de merenda.


   FAO leva experiência brasileira com merenda escolar para AL e África
"O objetivo é fortalecer o programa de alimentação escolar que já existe nos países. Não queremos iniciar programa nenhum. Queremos fortalecer os programas a partir da realidade deles. Levamos os desafios e oportunidades que já conhecemos no Brasil, tudo dentro do respeito e da soberania de cada país", explica a coordenadora do projeto Fortalecimento dos Programas de Alimentação Escolar da FAO Brasil, Najila Veloso.

Segundo Najila, o foco na alimentação escolar é fundamental pois a escola é estratégica para a discussão da segurança alimentar e nutricional das pessoas. A cooperação foi uma iniciativa brasileira e teve início em 2009 com cinco países da América Latina. Atualmente, 11 países fazem parte do projeto que atende a mais de 19 milhões de pessoas.

Um acordo firmado na semana passada incluiu a África no programa com expectativa de investimento de quase US$ 2 milhões. A América Latina recebeu no ano passado US$ 4 milhões para o desenvolvimento do projeto.

Como parte do programa, a FAO elaborou um estudo que foi apresentado esta semana para os gestores e sociedade civil dos países latino-americanos. Os países foram analisados com base em 16 diretrizes consideradas essenciais pela organização, para um programa de alimentação escolar de sucesso.

Com o levantamento, diz a coordenadora, o Brasil pode também avaliar o próprio programa. "A infraestrutura das nossas escolas está aquém da de alguns outros países. Aqui não temos refeitórios como referência na construção das escolas, como acontece em alguns países da América Latina. Nossos meninos ainda comem em pé, ainda usam pratos e talheres de plástico [mais difíceis de lavar] e muitas vezes têm que usar colheres para comer alimentos que exigem garfo e faca, como carnes", diz Najila.

De acordo com o Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação (FNDE), responsável pelo Pnae, o Brasil atende diariamente 43 milhões de alunos e serve 130 milhões de refeições em creches e centros de ensino. Sobre a origem dos alimentos, pelo menos 30% vem da agricultura familiar.

A coordenadora do Pnae, Albaneide Peixinho, destaca os avanços do programa nos últimos dez anos – como a ampliação de atendimento para creche e ensino médio e lembra que, quando criado, o Pnae atendia a apenas alunos do ensino fundamental e da pré-escola.

Além disso, Albaneide ressalta a importância da agricultura familiar para o envolvimento da comunidade com a escola. "Grande parte desses agricultores é analfabeto e passa a frequentar o ambiente escolar, a entender a escola como um espaço público. Com eles, os estudantes aprendem sobre os alimentos. Os que moram nas cidades entendem que um frango não vem do supermercado, um ovo não vem da indústria, que existem pessoas por trás disso".

O orçamento do Pnae para 2013 é de R$ 3,5 bilhões, para beneficiar estudantes da educação básica e de jovens e adultos. Parte desse valor, R$ 1,05 bilhão deve ser investido na compra direta de produtos da agricultura familiar.

Fonte: Agência Brasil

Arantes.diz.que.sentido.de.seu.livro.é.aprofundar.democracia

Arantes diz que sentido do seu livro é aprofundar democracia 


“Nós estamos vivendo um momento que não podemos deixar escapar. Ou nós conseguimos mobilizar a opinião pública e mostrar a essa juventude que foi nas ruas que o pano de fundo é a questão política e alterar a composição do poder político, ou nós não vamos fazer a reforma política e o país vai continuar enfrentando problemas sérios. Esse é o sentido do meu livro”. 


Richard Silva
Arantes diz sentido do seu livro é garantir avanços na democracia Para Aldo Arantes, “não há condições de se fazer uma reforma política democrática sem a participação do povo”.  
Com essas palavras Aldo Arantes encerrou a sua fala no lançamento do livro de sua autoria “Alma em Fogo”, na noite desta quarta-feira (21) na sede da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB) em Brasília.

E anunciou a realização de um grande ato público, no Rio de Janeiro, no próximo dia 29, “para desencadear uma campanha nacional para coletar milhões de assinaturas e garantir o compromisso de que parlamentares votem o projeto que nós passamos seis meses trabalhando”, afirmou, destacando a importância da união do povo brasileiro por meio de todas as entidades da sociedade civil, como OAB, CNBB, UNE e tantas outras. 


Arantes coloca no livro que há uma afirmação de Lenin de que o caminho mais curto para o socialismo é aprofundar a democracia. Para ele, “a reinvindicação dos jovens nas ruas hoje é por mais saúde, mais educação, mais transporte. Isso significa mais Estado. Tudo isso implica papel maior do Estado. Essa é a questão de fundo”. E, segundo ele, o PSDB e os setores conservadores não vão dar passo adiante nesse sentido.

Mãe das reformas

Por isso, ele defende a reforma política, considerada a mãe das reformas. Ele explica que nenhum Presidente da República pode querer avançar, porque existem questões estruturais. E que não há como aprofundar a democracia com a representação política atual.

Ele concordou com o presidente da OAB, Marcus Vinicius Furtado Coêlho, de que no sistema político atual só são eleitos os que têm muito dinheiro. “O financiamento público por empresa representa 95% do financiamento e o que ocorre é que quando um candidato é financiado por uma companhia de transporte, ele não vai defender interesses de quem votou nele. Você conforma o poder político contra os interesses do povo”, avalia o autor.

“A grita não é contra a política é contra o tipo de política de corrupção, da força do dinheiro”, disse ainda Aldo Arantes, adiantando que o financiamento exclusivo público de campanha deve ser um dos eixos centrais da reforma proposta pelo povo. “Para que a eleição ocorra não em nome de pessoas, mas em nome de ideias”, disse, enfatizando que “não há condições de se fazer uma reforma política democrática sem a participação do povo”.

A luta continua

Em meio aso discursos enaltecendo a contribuição de Aldo Arantes como líder político, no passado quando iniciou sua atuação como presidente da União Nacional dos Estudantes (UNE), até os dias de hoje,a deputada Luciana Santos (PCdoB-PE), destacou a tarefa atual de Aldo Arantes no debate teórico e que continua a ser vanguarda na luta política brasileira, citando o exemplo da reforma política.

O presidente do Tribunal Superior do Trabalho (TST), Carlos Alberto Reis de Paula, que participou do evento, disse que “o seu livro nos deixa com a alma em fogo porque você é o exemplo daquele que se inquieta” e continua a luta pelas transformações necessárias no Brasil.

As presidentes da UNE, Vic Barros e da Ubes, Manuela Braga, destacaram em seus discursos o exemplo que representa Aldo Arantes para a juventude, principalmente os estudantes. “Tua história muito significa para os jovens brasileiros, a vida política e a reforma política que queremos por que é um militante das causas populares”. Vic Barros disse que Aldo é uma inspiração para todos que militam no movimento estudantil.

Entre as várias personalidades do mundo jurídico e político, como o ministro do Esporte Aldo rebelo, o senador Inácio Arruda (PCdoB-CE) e os deputados Daniel Almeida (PCdoB-BA) e Jô Moraes (PCdoB-MG), também discurso o líder do movimento negro Carlos Moura. Ele, a exemplo dos demais oradores e convidados, destacou que a luta de Aldo Arantes é importante para todos os brasileiros e que a luta continua, citando o empenho dele na reforma política.

De Brasília
Márcia Xavier

Inácio registra lançamento de biografia de Getúlio

Inácio registra lançamento de biografia de Getúlio 


O senador Inácio Arruda (PCdoB-CE) registrou, em discurso no Senado, esta semana, o lançamento do segundo volume da biografia de Getúlio Vargas, numa trilogia de Lira Neto. “Um cearense atrevido que assumiu a responsabilidade de fazer uma nova biografia de Getúlio. O primeiro volume é extraordinário. Recomendo a todos que leiam o segundo volume, que trata exatamente do período em que Getúlio chega ao Catete até a sua saída do Catete, em 1945, por um golpe também militar. É muito interessante!”


Há mais de três anos, Lira Neto vem pesquisando cartas ainda pouco conhecidas, relendo processos judiciais e checando documentos históricos, para escrever a mais completa biografia de Getúlio Vargas.

O trabalho vai se dividir em três volumes – o primeiro, lançado no ano passado, mostra os anos de formação do político, desde seu nascimento até a conquista do poder, com a Revolução de 1930.

O segundo, que chega agora em versão em papel e no formato e-book, trata do conflitante período entre 1930 e 1945, quando Vargas, já como ditador, é deposto por militares.

E o terceiro, previsto para agosto do próximo ano, quando serão lembrados os 60 anos da morte de Getúlio, vai mostrar os fatos entre 1945 e 1954, como o período de articulação política em São Borja, a volta ao poder pelo voto popular e o suicídio. Os três livros são editados pela Companhia das Letras.

Da Redação em Brasília
Com informações da Ass. Sen. Inácio Arruda

Por que ler e reler Vidas Secas?

Vidas Secas   

Por que ler e reler Vidas Secas?


Encontrei a resposta para essa pergunta no ensaio “Por que ler os clássicos” do escritor Italo Calvino, que diz: “Os clássicos são aqueles livros dos quais, em geral, se ouve dizer: ‘Estou relendo...’ e nunca ‘Estou lendo... ’. [...] Dizem-se clássicos aqueles livros que constituem uma riqueza para quem os tenha lido e amado; mas constituem uma riqueza não menor para quem se reserva a sorte de lê-los nas melhores condições para apreciá-los.” 

Por Ângela Almeida


Pois o romance de Graciliano Ramos, escrito em 1938, é um clássico da nossa literatura.

De minha parte, conhecia Vidas Secas desde menina. Na época da escola, havia uma discussão nacional sobre a seca no Nordeste e os livros que denunciavam os problemas sociais brasileiros, como Vidas Secas, Grande Sertão Veredas, de Guimarães Rosa, ou Morte e Vida Severina, de João Cabral de Melo Neto, figuravam na lista das leituras exigidas pelos vestibulares, além de serem os meus preferidos.

Entretanto, somente agora voltei a apreciar o livro do passado. Retomei a obra prevendo que teria um déjà vu, mas qual não foi a minha surpresa, tudo se apresentou curiosamente novo, fazendo-me lembrar, novamente, do texto revelador do italiano Calvino: “Toda releitura de um clássico é uma leitura de descoberta como a primeira. Toda leitura de um clássico é na realidade uma releitura. [...] Um clássico é um livro que nunca terminou de dizer aquilo que tinha para dizer.”

O livro de Graciliano Ramos é desse tipo. No capítulo Cadeia, o terceiro na ordem do romance, há um diálogo entre Fabiano e o soldado da força pública que vale a pena ser transcrito:

Nesse ponto um soldado amarelo aproximou-se e bateu familiarmente no ombro de Fabiano:
– Como é, camarada? Vamos jogar um trinta-e-um lá dentro?
Fabiano atentou na farda com respeito e gaguejou, procurando as palavras de seu Tomás da bolandeira:
– Isto é. Vamos e não vamos. Quer dizer. Enfim, contanto, etc. É conforme.
 
Destaquei esse capítulo porque ele evidencia o papel da autoridade policial e a violação de direitos presentes na obra, além de uma postura típica reproduzida nas relações sociais fundantes de um imaginário que inviabiliza a práxis da cidadania: “Fabiano caminhou atrás do amarelo que era autoridade e mandava. Fabiano sempre tinha obedecido.”
 
Mas ao sentar-se na esteira, para jogar, Fabiano lembrou-se de Sinhá Vitória e de como ela ficaria danada ao saber que gastara o dinheiro com jogo, ele “ergueu-se furioso, saiu da sala, trombudo”. Atitude suficiente para que o soldado amarelo se sentisse desrespeitado, e após uma surra de facão prendesse o pai da família de retirantes.

“Fabiano marchou desorientado, entrou na cadeia, ouviu sem compreender uma acusação medonha e não se defendeu.” Permaneceu calado quando o que mais queria era falar, era saber falar. Não entendia por que o soldado amarelo tinha feito aquilo. Ele temia o soldado amarelo, sua força bruta como também a força de suas palavras, estas que tão pouco sabia usar: “Era bruto sim senhor, nunca havia aprendido, não sabia explicar-se. Estava preso por isso? Como era? Então mete-se um homem na cadeia porque ele não sabe falar direito? Que mal fazia a brutalidade dele? Vivia trabalhando como um escravo. [...] Tinha culpa de ser bruto? Quem tinha culpa?”

Nessa passagem do livro, o escritor identifica um personagem que vive o drama de ver e perceber o mundo, percebendo-se ele próprio no mundo, convivendo com coisas, com pessoas e, no entanto, sentindo-se incapaz de contar, narrar esta inserção, esta convivência, sua história: “Havia muitas coisas. Ele não podia explicá-las, mas havia. Fossem perguntar a seu Tomás da bolandeira, que lia livros e sabia onde tinha as ventas. Seu Tomás da bolandeira contaria aquela história. Ele, Fabiano, um bruto, não contava nada.”

O escritor, assim, vai fundo na sua concepção trágica de homem, fugindo ora da seca, ora de si mesmo, talvez enfatizando que o mais degradante esvaziamento, a supina secura, será antes este processo de desumanização a que está submetido Fabiano, símbolo de boa parte das pessoas deste país, especialmente dessa região de tantas “vidas secas”.

À medida que passavam as horas, Fabiano, na cadeia, começou a se convencer de que nem ele, nem ninguém que ali se encontrava, prestava para alguma coisa. Precisava de razões para entender por que fora preso daquela maneira, restou-lhe acreditar que todos eram uns inúteis, todos uma lástima, não eram como o doutor juiz de direito, o delegado, o seu vigário e os cobradores de impostos da prefeitura. Esses sim mereciam respeito e explicações.

Fabiano então concluiu que, assim como ele, seus filhos também eram brutos e que quando crescessem guardariam as reses de um patrão invisível, seriam pisados, maltratados e machucados por um soldado amarelo. Olhou para si e para os seus e viu que não eram os sujeitos de que falam as leis, na medida em que viviam na periferia do direito e dos direitos: não falavam e deles nada era falado. Simplesmente, não eram!

Bom, eu não quero como diz Calvino, esconder sob uma cortina de fumaça aquilo que “um clássico tem a dizer”, nem figurar como um intermediário que pretenda “saber mais do que ele”. Apenas quero registrar aqui o meu espanto ante a releitura de uma obra de tal monta e, com certo acanhamento, confessar que não foram poucas as vezes que o texto de Graciliano Ramos me levou às lágrimas.

(*) Mestre em Direito, Doutoranda em Letras e Analista-Tributário da Receita Federal do Brasil.

Bibliografia:
Calvino, Italo. Por que ler os clássicos?. São Paulo: Companhia das Letras, 1993.
Ramos, Graciliano. Vidas secas. 46ª ed. Rio de Janeiro: Record, 1980.

Município premia melhores colocados na Prova Barra Mansa

Município premia melhores colocados na Prova Barra Mansa
 Publicação: sexta-feira, 23 de agosto de 2013 (11:32) A aluna Luiza Nascimento Palmeira Gonçalves, do 9º ano do Ensino Fundamental, foi premiada nesta quinta-feira por ter obtido a melhor colocação na Prova Barra Mansa. A jovem estuda no Colégio Marcello Drable, e ganhou do governo municipal um notebook.
A avaliação foi realizada em julho por 2.858 estudantes do Ensino Fundamental da rede municipal de educação. O exame foi aplicado para 2.017 alunos do 5º ano e 841 do 9º ano.
“O notebook vai me ajudar muito nos estudos. Estava bastante ansiosa em receber o prêmio!” contou a estudante, garantindo que prova municipal a ajudou na preparação para a Prova Brasil.
A primeira edição da Prova Barra Mansa foi realizada este ano e serviu como avaliação do ensino na rede municipal e simulado para a Prova Brasil, que será realizada pelo MEC (Ministério da Educação), no fim do ano. A Prova Brasil serve para aferição do Ideb (Índice de Desenvolvimento da Educação Básica) e é realizada a cada dois anos nos municípios brasileiros.
“Desde o início das avaliações do MEC com o Ideb, Barra Mansa só atingiu o índice uma única vez e, assim mesmo, em apenas uma categoria. Queremos mudar essa realidade e melhorar cada vez mais a qualidade da nossa educação”, disse o prefeito Jonas Marins.
De acordo com relatório preliminar da secretaria municipal de Educação sobre a Prova Barra Mansa, 45,4% das turmas de 5º ano acertaram oito ou mais questões de Língua Portuguesa, e 56% das turmas acertaram oito ou mais questões de Matemática. Quanto ao 9º ano, 66% dos estudantes acertaram oito ou mais questões de Língua Portuguesa e 56% acertaram oito ou mais questões de Matemática.
Para a secretária de Educação, Lusia Melchíades, o resultado foi positivo e apontou o que deve ser melhorado pedagogicamente em cada escola. “Através da Prova Barra Mansa foi possível fazer uma análise da nossa Educação Básica. Agora vamos atuar diretamente nos pontos fracos para superá-los”, disse a secretária, que durante a entrega do notebook salientou a importância do incentivo da família aos estudos. “A premiação é um incentivo, mas o apoio maior vem da família. Parabéns não apenas à Luiza, que conquistou a maior nota no exame, mas aos pais que demonstram orgulho a cada conquista da filha”, complementou.
O estudante do 5º ano que conquistou a maior pontuação na Prova Barra Mansa, Jarbas Gabriel Delgado, da unidade escolar CEI Saturnina de Carvalho e Vieira da Silva, também receberá um notebook. O evento na escola será marcado pela secretaria municipal de Educação.

Assinado decreto que regulamenta Conselho Municipal de Cultura

Assinado decreto que regulamenta Conselho Municipal de Cultura

FOTO: DIVULGAÇÃO
Com o conselho atuante, a cidade pode buscar mais recursos para a Cultura

Na cidade, o Conselho de Cultura já existe, mas há 15 anos está irregular. Mas a situação mudou desde a última quarta-feira, quando o prefeito Jonas Marins assinou o decreto municipal que regulamenta o Conselho Municipal de Cultura. “Hoje estamos atendendo uma reivindicação feita durante a Conferência Municipal de Cultura, cumprindo o que foi determinado democraticamente pelos representantes dos segmentos culturais do município”, destacou o prefeito, ao assinar o documento.
Durante a reunião, ficou decidido que será realizado no dia 14 de setembro, no Palácio Barão de Guapy, a partir das 9 horas, o Fórum Municipal de Cultura, quando serão eleitos os membros do conselho. O grupo será formado por nove representantes do poder público e o restante de órgãos não governamentais ligados à cultura. Durante o fórum também serão eleitos os delegados para representar Barra Mansa no Fórum Estadual de Cultura, que acontecerá no dia 21 de setembro, no Rio de Janeiro.
De acordo com o superintendente da Fundação de Cultura, Cláudio Chiesse a partir da regulamentação do conselho, será criado o Plano Municipal de Cultura e também o Fundo Municipal de Cultura, que será mais uma fonte de financiamento para os projetos que serão desenvolvidos no município. “Vamos promover uma grande mobilização para envolver os representantes dos vários segmentos da cultura nesse fórum. Queremos um conselho atuante e com várias representações”, ainda de acordo com o superintendente , o prefeito assinou recentemente a adesão ao Sistema Nacional de Cultura e, com o conselho atuante, a cidade pode buscar mais recursos.
Para Jonas Marins, a regulamentação desse conselho será muito importante para difundir a cultura no município. “Os membros vão aprovar projetos para captação de recursos e também vão promover o equilíbrio da área cultural, que é formada por vários segmentos”, ressaltou.
O prefeito lembrou que, no último dia 12, quando foi comemorado o Dia Nacional das Artes, assinou outro decreto municipal, desta vez regulamentando a Lei de Incentivo Fiscal para a realização de projetos culturais no município. “Também conquistamos nesses primeiros meses de governo mais de R$ 3 milhões de recursos para a cultura, através de emendas inseridas no Orçamento da União pelos deputados federais Jandira Feghali e Zoinho. Os recursos disponibilizados pela deputada já foram empenhados e estamos na eminência de recebê-los. Eles serão destinados ao projeto Música nas Escolas, Teatro nas Escolas e Cine Clube”, informou Jonas.
O presidente do PAC (Ponto de Ação Cultural), Marcos Marques, que esteve presente na assinatura do decreto, agradeceu ao prefeito pelos investimentos na cultura do município. “O Jonas tem se mostrado uma pessoa democrática. Passamos muitos anos buscando a regulamentação desse conselho e não obtivemos êxito nos governos anteriores. Essa postura democrática está tendo repercussão não só em Barra Mansa, mas em outros municípios da região e do estado”, ressaltou Marcos.

terça-feira, 20 de agosto de 2013

Quinta edição do Encontro Internacional de Aquarelistas de Paraty começa amanhã




 


Divulgação
Para participar do evento basta gostar da arte
Aquarela: Para participar do evento basta gostar da arte

Amanda Teixeira
amanda.silva@diariodovale.com.br

Depois do reconhecido sucesso das quatro primeiras edições, a Galeria Navegare Art, Photo & Design, estabelecida em Paraty há seis anos, promove mais uma vez o Encontro Internacional de Aquarelistas, em Paraty, com uma programação que conta com exposições, workshops, demonstrações e palestras. O encontro tem abertura amanhã, dia 21, às 20h, na Casa da Cultura.
- Este é um evento que tem como objetivo difundir a arte da aquarela, além de promover a troca de experiências, já que o encontro reúne pessoas do Brasil e do mundo - explica o diretor da galeria e um dos organizadores do evento, Luís Angel Garcia.
De acordo com ele, o encontro tem como público alvo os amantes da aquarela.
- Para participar basta gostar da arte, não é necessário ser um profissional. Amadores, principiantes, enfim, qualquer pessoa será muito bem vinda - salienta.
Os interessados em participar podem se inscrever até amanhã, momentos antes de iniciar o evento.
- Todos os anos a quantidade de pessoas oscila muito, nós recebemos as inscrições até o início do evento, mas geralmente a participação chega a mais de 100 pessoas por edição - diz.
O evento tem uma programação, definida pelo organizador como simples, que permeia pela Casa da Cultura, a Galeria Navegare e as ruas do Centro Histórico.
- Não é uma programação muito extensa, os interessados vão poder participar, por exemplo, de workshops com grandes nomes da arte em aquarela como o mestre espanhol Pablo Ruben Lopez Sanz, que está entre os 50 melhores do mundo e que circula por vários países realizando workshops - destaca.
O encontro se encerra no dia 25, próximo domingo, porém, a exposição na Casa da Cultura segue até o dia 5 de setembro.
- A exposição conta com 38 artistas e cada um deles expõem duas obras - informa.
Os artistas selecionados para a mostra irão participar de um catálogo que será editado, além de receber certificados do 5º Encontro Internacional de Aquarelas de Paraty e dois exemplares do catálogo da exposição.
- Ao fim do evento nós produziremos um catálogo com as obras dos participantes, com as fotos produzidas pelo fotógrafo Giancarlo Mecarelli - relata Luís Angel.
A importância do evento se dá por Paraty ser um polo cultural e a arte estar inserida nos aspectos da cidade.
- Utilizamos a cidade para realizar os trabalhos durante todos os dias de evento - conta.
Confira a programação:
Amanhã, dia 21
Local: Casa da Cultura
20h - Abertura do evento, apresentação dos convidados Pablo Rubén López Sanz, Ivani Ranieri e José Andreas, e inauguração da exposição;
21h30 - Coquetel de Abertura
Quinta-feira, dia 22
Local: Galeria Navegare
9h às 12h - Workshop de Pablo Rubén López Sanz
Local: Casa da Cultura
14h às 17h - Oficina Técnica com os convidados
Sexta-feira, dia 23
Local: Galeria Navegare
9h às 12h - Workshop de Pablo Rubén López Sanz
Local: Casa da Cultura
14h às 17h - Oficina Técnica com os convidados

Sábado, dia 24
Local: Galeria Navegare
9h às 12h - Workshop de Pablo Rubén López Sanz
Local: Casa da Cultura
14h às 17h - Oficina Técnica com os convidado
Domingo, dia 25
Local: Galeria Navegare
9h às 11h - Demonstração de Pablo Rubén
Local: Casa da Cultura
11h às 12h - Entrega de Certificados e premiações, sorteio de brindes e encerramento do evento
A programação está sujeita a alterações

Serviço
O Encontro Internacional de Aquarelistas de Paraty começa amanhã, dia 21, e segue até domingo, dia 25, na cidade de Paraty. Os interessados podem se inscrever na Galeria Navegare Art, Photo & Design, localizada na Rua da Matriz, 27 - Centro Histórico. Mais informações através do telefone (24) 3371-4103 ou no site (www.navegareart.com.br/index_br.htm).


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Obras de arte pré-colombianas voltam para o Peru

O governo do Peru recuperou 40 obras de arte em cerâmica da época pré-colombiana, que remontam ao período anterior à chegada dos europeus ao Continente Americano. Os objetos estavam perdidos há 84 anos desde a Guerra Civil da Espanha (1936-1939) e a 2ª Guerra Mundial (1939-1945). As peças foram repatriadas a partir das negociações do Ministério das Relações Exteriores do Peru.


AFP
Obras de arte pré-colombianas voltam para o Peru
Peças pertencem às civilizações Chancay, Chimú, Nazca e Mochica
As obras de arte em cerâmica fizeram parte de uma exposição, em 1929, em Sevilla, na Espanha. De acordo com informações do governo, as peças pertencem às civilizações Chancay, Chimú, Nazca e Mochica e todos datam dos séculos 1 e 2.

O Ministério das Relações Exteriores do Peru informou que o lote das 40 peças complementa um outro, que foi repatriado em 1958, e que estava no Museu Nacional de Antropologia e Arqueologia da Espanha.

De acordo com pesquisas, as civilizações americanas que viviam no continente até a chegada dos colonizadores europeus mostravam elevado desenvolvimento em vários setores – da arte e arquitetura às ciências. Os astecas, por exemplo, construíram cidades complexas e demonstravam profundo conhecimento de astronomia e matemática.

Fonte: Agência Brasil

segunda-feira, 19 de agosto de 2013

Fundação Palmares: sessão solene na Câmara comemora 25 anos

Com sessão solene na Câmara dos Deputados, na manhã desta segunda-feira (19), foi dado início as comemorações dos 25 anos da Fundação Palmares. Em todos os discursos, os oradores lembraram a luta do líder negro Zumbi dos Palmares e a contribuição que a Fundação Palmares tem dado na luta contra o preconceito e pela promoção da igualdade racial no Brasil. 


Agência Câmara
Fundação Palmares: sessão solene na Câmara comemora 25 Anos  

O deputado Chico Lopes (PCdoB-CE), que falou em nome do Partido, disse que a solenidade serve para se fazer reflexão sobre a história, a luta e a situação dos negros no Brasil. Ele, a exemplo de outros oradores, destacou que ainda existe muita resistência, por parte de setores da sociedade brasileira, para a implantação de ações e programas que garantam a igualdade racial. 
E citou o exemplo da instalação, no Ceará, da Universidade da Integração Internacional da Lusofonia Afro-Brasileira (Unilab), que sofreu grandes resistências que foram superadas pelo governo do ex-presidente Lula que, junto ao Governo de Dilma Rousseff, tem procurado superar os problemas sofridos pelo povo negro.

O parlamentar também queixou-se da morosidade da Justiça nas ações de regularização das terras quilombolas; e da polícia, que persegue os negros como se todos fossem marginais. “Temos avançado, vamos avançar mais e não podemos esquecer que essa cor ainda representa muitas dificuldades para a população negra brasileira, que é tão importante para o desenvolvimento do país quanto qualquer outro”, avalia o parlamentar comunista. 

Para o deputado Fernando ferro (PT-PE), que falou em nome da Liderança do Governo, a resistência de setores aos direitos de comunidades quilombolas – um dos eixos étnicos de construção dessa nação e que tem direitos originários - é irmã do preconceito. 

Herança africana

A deputada Luciana Santos (PCdoB-PE), presidente da Frente Parlamentar da Cultura, enviou mensagem de homenagem à Fundação Cultural Palmares, destacando “o trabalho incansável no sentido de construir uma política cultural igualitária e inclusiva e de valorizar as manifestações culturais e artísticas negras do Brasil”.

Para Luciana, “esse trabalho de descobrir, resgatar e estimar a nossa herança africana, valorosa matriz da identidade cultural do povo brasileiro, merece toda reverência, respeito e apoio. A atuação da Fundação Palmares certamente contribui para que avancemos enquanto Nação que conhece e se orgulha de suas origens”.

Além dos discursos e mensagens, houve declamação de poesia que também fala dos preconceitos contra os negros. Coube à poetisa Cristiane Sobral declamar poema de sua autoria - Ancestralidade na alma -, que se contrapõe as imagens estereotipadas dos negros que são apresentadas pelos meios de comunicação e que não os representam: “Eu não olho para o chão/Minha alma não está nos meus pés/Não sou bicho de estimação (...) Não sou animadora de festa/Nem carrego tudo e todos nas costas/Não sou o anjo negro consolador...”

Mais comemorações

As comemorações prosseguem na quinta-feira (22) com o debate “Memórias e trajetórias das Políticas públicas para a Cultura Negra”, às 14 horas, no Auditório da Fundação Cultural Palmares (FCP), em Brasília (DF). A proposta é reunir dirigentes que fizeram parte da FCP, desde a criação, para visualizar a trajetória histórica da Fundação Palmares e de todo o processo de proposição, gestão e implementação de políticas para a cultura negra no Brasil nos últimos 25 anos.

Lindivaldo Júnior, diretor do DEP (Departamento de Fomento e Promoção da Cultura Afro-Brasileira da FCP) conta que o objetivo dessa atividade é subsidiar ações futuras, a partir da experiência acumulada e dos desafios propostos a cada gestão. “A história não pode ser negligenciada”, disse.

No sábado (24) e domingo (25) estão previstas atividades culturais, como a atividade de Escambo Cultural: De Recife à Ceilância, juventude negra e política cultural, a partir das 15 horas do sábado, no Espaço Cia. das Artes, em Ceilância (DF). E, no domingo, a partir das 13 horas, na sede da Fundação Palmares, haverá show com apresentação de hip-hop, maracatu, bateria de escola de samba e da cantora Leci Brandão. 

Origem da Fundação

No dia 22 de agosto de 1988, o então presidente da república José Sarney fundou a primeira instituição pública federal voltada para promoção e preservação da arte e da cultura afro-brasileira: a Fundação Cultural Palmares. Neste ano de 2013, a FCP comemora 25 anos de trabalho por uma política cultural igualitária e inclusiva, que busca contribuir para a valorização das manifestações culturais e artísticas negras brasileiras como patrimônios nacionais.

Nesse quarto de século, a FCP já emitiu mais de 2.272 certificações, documento que reconhece os direitos das comunidades quilombolas e dá acesso aos programas sociais do Governo Federal. É referência na promoção e preservação das manifestações culturais negras, bem como das religiões de matriz africana e no apoio e difusão da lei que torna obrigatório o ensino da História da África e Afro-brasileira nas escolas. A Fundação já distribuiu mais de 56 mil publicações que promovem, discutem e incentivam a preservação da cultura afro-brasileira e auxiliam professores e escolas na aplicação da Lei.

De Brasília
Márcia Xavier