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quinta-feira, 24 de novembro de 2011

Espaço Cultural ELETRONUCLEAR

Paraty

O novo Espaço Cultural Eletronuclear será inaugurado hoje (24), às 20h, em Paraty. Também será inaugurada a nova sede do Instituto Silo Cultural - onde vai funcionar o espaço -, além da Sala Margaret Mee. Os três espaços ficam na Rua Dr. Samuel Costa, Rua da Praia, no Centro de Paraty.

O Espaço Cultural Eletronuclear apresentará exposições e lançamentos, com destaque para artistas locais, além de prestar informações sobre a operação das usinas nucleares brasileiras.

- Dentre as peças em exposição, se destacam maquetes de um reator nuclear de água pressurizada, igual aos encontrados na central nuclear de Angra; um gerador de vapor e um elemento combustível. O espaço também está aberto para o uso da comunidade de Paraty ­- ressaltou Neusa Maria Toreta Silva, da Assessoria de Responsabilidade Socioambiental (ARS.P) da Eletrobras Eletronuclear.

Segundo ela, o centro contribui para o objetivo da empresa de fomentar a cultura nos municípios vizinhos à central nuclear.

Já o Instituto Silo Cultural busca promover e viabilizar a arte e a cultura caiçaras. A intenção é estimular seu resgate, sua preservação e sua renovação, valorizando as manifestações locais em Paraty. O espaço busca ainda valorizar a riqueza cultural da região e incentivar a experimentação de diferentes linguagens artísticas, além de promover intercâmbios culturais.

Cultura local

A Sala Margaret Mee é dedicada à vida e à obra da artista e botânica inglesa, que foi apaixonada pela floresta tropical brasileira. Lá, os visitantes podem conferir algumas de suas pranchas, que ilustram com maestria espécies raras de plantas locais. Também estão em exposição objetos pessoais da artista e painéis ressaltando sua biografia. Sua obra inclui cerca de 400 pranchas de ilustrações em guache, 40 sketchbooks (caderno de desenhos) e quinze diários.

Segundo a diretora-executiva do Instituto Silo Cultural, Vanda Mota, a coexistência dos três espaços culturais será um fator de fortalecimento da cultural local. - A inauguração do Espaço Cultural Eletronuclear ajudará muito na comunicação da empresa com a comunidade de Paraty para a viabilização de novos projetos culturais - destacou.


Leia mais: http://diariodovale.uol.com.br/noticias/4,49366,Eletronuclear-inaugura-Espaco-Cultural-em-Paraty.html#ixzz1edaBha6J

terça-feira, 22 de novembro de 2011

Patrimônio de Barra Mansa em Risco!!!!

Os comunistas do PC do B de Barra Mansa não andam satisfeitos com o governo Zé Renato. E dispararam críticas ao aniversário de 150 anos do Palácio Barão de Guapi, antiga sede da Câmara de Vereadores. “Não há muito que comemorar. As paredes estão descascadas, com infiltrações e mofo, as janelas estão com vidros quebrados. Detalhes da fachada deteriorados fazem parte da realidade de um dos prédios históricos mais importantes de Barra Mansa”, escreveram em e-mail enviado ao jornal.

Os dirigentes do PC do B lembram que, em 2009, o presidente do diretório do partido, Jonas Marins, conseguiu junto ao ex-deputado Edmilson Valentim uma verba de R$ 300 mil no Ministério da Cultura para ser usada na reforma do Palácio. “Apesar disso, nada foi feito”, denunciam. “Agora, passados mais de dois anos, o superintendente da Fundação de Cultura, Luiz Augusto Mury, fala de um plano de restauração do Palácio Barão de Guapi que estaria prestes a ser posto em prática. Mas, e a verba de 2009, a prefeitura perdeu? Foi gasta como?”, indagam.

Para finalizar, os comunistas de Barra Mansa lembram que as respostas devem ser dadas pelo superintendente da Fundação, Luiz Augusto Mury. “Ele está devendo à população, pois desde que o palácio passou para o controle da prefeitura nada foi feito pela sua conservação”, disparam. Além disso, questionam o estado da pinacoteca do Palácio Barão de Guapi, composta de um acervo de 14 obras de importantes personalidades nacionais e municipais, todas pintadas a óleo. “Essas obras de arte também correm riscos, uma vez que não estão devidamente protegidas”, denunciam.

domingo, 20 de novembro de 2011

Pesquisa mostra intolerância a religiões afro-brasileiras no RJ

20 de Novembro de 2011 -

Pesquisa da Pontifícia Universidade Católica do Rio de Janeiro (PUC-Rio) sobre religiões afro-brasileiras no estado do Rio comprova denúncias de intolerância religiosa. Dados preliminares do Mapeamento das Casas de Religiões de Matriz Africana no Rio de Janeiro, que identificou 847 templos, revelam que 451 - mais da metade - foram vítimas de algum tipo de ação que pode ser classificada como intolerância em razão da crença ou culto.

No estado com a maior proporção de praticantes de religiões afro-brasileira na população (1,61%), segundo levantamento da Fundação Getulio Vargas com base no Censo 2010, a pesquisa da PUC-Rio identificou templos em 27 dos 92 municípios fluminenses. Embora não represente a totalidade das casas religiosas desse segmento no estado, de acordo com uma das coordenadoras, a professora Denise Fonseca, o mapeamento é o primeiro a tratar de casos de intolerância religiosa.

Encomendada pela Secretaria de Políticas de Promoção da Igualdade Racial (Seppir), a pesquisa começou em 2008. Segundo Denise Fonseca, a maioria dos casos relatados pelos entrevistados são "pequenas sabotagens", mas também agressões. "Os relatos vão desde carros sendo multados por uma polícia que nunca entra em determinada comunidade nem de dia nem de noite- a não ser em dia de atividades religiosas - até a situação de pai de santo sendo espancado por praticantes de outras religiões", disse.

Como os dados do mapeamento estão sendo avaliados caso a caso, a professora explica que o perfil dos agressores requer uma "análise cuidadosa". Mas adianta que os relatos apontam para uma confirmação de estatísticas da Polícia Civil, sendo os praticantes de religiões neopentecostais, os principais violentadores dos templos de matriz africana. "Não temos provas tangíveis, concretas, mas há um conjunto de evidências que constitui um quadro bastante claro", declarou a coordenadora.

O ataque de neopentecostais contra as religiões afro-brasileiras tem parte da explicação no próprio preconceito sofrido pelo grupo, segundo o teólogo da Igreja Presbiteriana de Copacabana, o reverendo André Mello. Ele explica que, para se afirmar, o grupo precisou "fazer barulho". Conquistou veículos de comunicação e amplificou as estratégias para se proteger e para angariar fiéis. "O problema é que o próprio campo religioso não sabe lidar com a diversidade", avaliou.

Por outro lado, segundo a PUC-Rio, as maiores vítimas são os candomblés da Baixada Fluminense. Embora os ataques precisem ser melhor estudados, Denise Fonseca avalia que os praticantes acabam mais "visíveis para serem atacados" porque naturalmente exibem sinais de "pertença racial", ou seja, "é o fenótipo dos praticantes, os símbolos sagrados e o alinhamento aos valores do terreiro. Essa externalidade os torna alvos mas visíveis, mas não mais vulneráveis", explicou.

A agressões praticadas por facções criminosas também são denunciadas por sacerdotes, mas ainda não estão evidentes no mapeamento. Segundo o representante do conselho de lideranças religiosas que acompanha a pesquisa da PUC-Rio, pai Pedro Miranda, da União Espiritista de Umbanda do Brasil (Ueub), em alguns episódios, a intolerância reflete "interesses comerciais", já em outros, ocorre em função da influência de seguidores de religiões neopentecostais.

"Na zona norte, em comunidade dominada, traficantes impediam trabalhos em tendas porque o barulho dos atabaques atrapalhava o controle da chegada da polícia", disse pai Pedro, que como representante do templo onde atua, responde processo criminal por excesso de barulho durante suas cerimônias. "Em outra comunidade, na qual um segmento de evangélicos escondia um traficante, em troca, a facção criminosa impedia os templos de realizarem suas atividades", completou.

Há três anos, em um serviço pioneiro no país, responsável por acompanhar casos de intolerância religiosa no Rio, o delegado Henrique Pessoa, da 4º Delegacia de Polícia, corrobora o dado da pesquisa. "Maciçamente, os agressores são neopentecostais", disse. "Eles têm um discurso que acaba na violência", declarou, ao informar que recebe cerca de 40 denúncias por ano.

Em fase de conclusão, com a previsão de ser apresentada em 2012, o mapeamento da PUC-Rio também constatou que centenas de templos têm projetos de assistência social. A maioria dá apoio a políticas públicas de distribuição de renda, suplementação alimentar para crianças, desenvolvem projetos de educação de jovens e adultos e de saúde.

Será que Barra Mansa ficará para trás mais uma vez?

Estado é o maior em adesão ao Sistema Nacional de Cultura

RIO DE JANEIRO

Nos últimos quatro meses, 13 municípios fluminenses se integraram ao sistema, elevando para 31 o total de prefeituras que estão em negociação ou já assinaram o acordo de cooperação federativa do Sistema Nacional de Cultura (SNC).

Dos 92 municípios do estado, 33,7% já fazem parte do SNC, enquanto que no Maranhão, segundo colocado da lista, a proporção é de 33,6%. Desde o final de junho o estado avançou três posições na relação nacional. Na época, o Rio de Janeiro ocupava o quarto lugar, atrás do Maranhão, do Ceará e de Pernambuco. Em todo o país, 671 prefeituras já se integraram ao SNC, o que corresponde a 12,1% dos municípios brasileiros.

São os seguintes os novos integrantes do Sistema Nacional de Cultura no estado: Angra dos Reis, Belford Roxo, Cachoeiras de Macacu, Campos dos Goytacazes, Macuco, Magé, Mangaratiba, Maricá, Niterói, Nova Friburgo, Nova Iguaçu, Paraíba do Sul e São José do Vale do Rio Preto.

Campanha

O interesse manifestado pelos municípios fluminenses é resultado de uma ampla campanha de divulgação do Sistema Nacional de Cultura realizada pela Representação Regional do MinC no Rio de Janeiro e no Espírito Santo junto às prefeituras. A presença maciça dos municípios (78 enviaram gestores, artistas ou produtores culturais) no seminário do dia 6 de outubro, que discutiu as metas do Plano Nacional de Cultura e tirou dúvidas sobre o processo de ingresso no SNC, indica que novas adesões devem ocorrer até o início do próximo ano.

O chefe da Representação Regional, André Diniz, informou que a ministra da Cultura, Ana de Hollanda, pediu ao secretário de Articulação Institucional do MinC, João Roberto Peixe, para acelerar as adesões dos municípios e estados ao sistema. “Definitivamente, essa é uma garantia para que a sociedade participe das discussões da área cultural com o poder público, criando uma agenda de ações planejada, debatida. Nossa meta é que ao final de 2012 o Rio e o Espírito Santo tenham 60% dos seus municípios aderidos ao Sistema. Será uma grande vitória”, afirmou Diniz.

Empenho das representações

Em Brasília, o coordenador geral de Estratégia e Gestão das Ações da Secretaria de Articulação Institucional do MinC, Marcelo Velloso, ressaltou que a meta nacional de integrar 10% dos municípios brasileiros ao Sistema, até o final de 2011, já foi ultrapassada dois meses antes do prazo, o que mostra o empenho de todas as representações regionais em divulgar o Sistema. E acrescentou: “Este resultado é fruto do amadurecimento político dos municípios, da compreensão de importância da gestão pública compartilhada da cultura”.

A próxima etapa da campanha regional de divulgação do SNC será realizada no Espírito Santo, onde até o momento apenas quatro dos 78 municípios iniciaram processo de adesão ao Sistema, dos quais três aderiram nos últimos quatro meses. A Representação Regional do MinC realizará, em Vitória, no dia 5 de dezembro, o Seminário Metas do Plano e Sistema Nacional de Cultura. Estarão presentes no encontro os secretários de Articulação Institucional do MinC, João Roberto Peixe; e de Políticas Culturais (SPC/MinC), Sérgio Mamberti.

sábado, 19 de novembro de 2011

Maria Izabel Noronha: Lei do piso salarial dos professores, aplicação já Pela aplicação imediata da lei do piso salarial nacional dos professores

por Maria Izabel Azevedo Noronha

Matérias recentes divulgadas nos meios de comunicação mostram com clareza o descumprimento da lei 11.738/08 (Piso Salarial Profissional Nacional dos Professores) por parte de 17 estados, incluindo Minas Gerais, Ceará, Rio Grande do Sul e outros grandes estados.

No Estado de São Paulo, embora sejam pagos salários-base ligeiramente superiores aos estipulados na lei do piso, não se cumpre a parte da lei que determina que no mínimo 1/3 da jornada de trabalho dos professores sejam destinados a atividades extraclasses, como preparação de aulas, elaboração e correção de provas e trabalhos, formação continuada no próprio local de trabalho e outras. No nosso Estado, apenas 17% da jornada de trabalho são cumpridos fora da sala de aula.

Nós, da APEOESP, e o conjunto dos professores da rede estadual de ensino vimos lutando para que o Governo Estadual cumpra a lei, mas até o momento a posição da Secretaria Estadual da Educação tem sido evasiva, referindo-se a “estudos” que estariam sendo realizados. Ora, como as próprias reportagens informam, o Supremo Tribunal Federal (STF) afirma que a lei tem aplicação imediata.

Recorde-se que cinco governos estaduais (MS, RS, SC, CE. PR), com apoio de outros governadores, ingressaram em 2008 com Ação Direta de Inconstitucionalidade contra a lei 11.738/08 e perderam. O STF confirmou que a lei é constitucional, deve ser aplicada e que os professores devem recorrer à justiça caso isto não ocorra. É o que pretendemos fazer se o Estado de São Paulo não a aplicar na forma adequada.

Há ainda um terceiro aspecto da lei 11.738/08, que obriga Estados e Municípios a instituirem planos de carreira para os professores. O prazo para tanto já venceu: 31/12/2009 e muitos sindicatos, inclusive nós, da APEOESP, têm acionado as autoridades por improbidade administrativa, pelo descumprimento da legislação.

A lei 11.738/08 é resultado de uma luta de dois séculos dos professores. Hoje, nossa categoria luta em todo o Brasil pelo seu integral cumprimento. No último período, muitas greves foram realizadas com esse objetivo e foram duramente reprimidas pelos governos estaduais que descumprem a lei.

Por isso é muito importante que a imprensa reconheça e divulque que os professores têm razão em sua luta, embora a cobertura que os grandes meios de comunicação tenham realizado das longas greves realizadas em Minas Gerais, Ceará e outros estados tenha sido apenas superficial.

O Brasil tem caminhado de forma constante no sentido de valorizar seus profissionais da educação e de universalizar e melhorar a qualidade do ensino. Tais avanços são resultado das lutas dos educadores, dos movimentos sociais e de todos os segmentos comprometidos com a escola pública inclusiva, de qualidade. A lei 11.738/08 é parte importante dessas mudanças. É lamentável que os governos de grande parte dos estados e municípios se recusem a cumprir uma legislação que beneficia os professores, ao mesmo tempo em que são ágeis em aplicar outras que ferem nossos direitos ou, até mesmo, nos atacam sem qualquer amparo legal.

Nós, professores, não vamos ceder. Vamos continuar lutando e insistindo até que a lei do piso salarial profissional nacional seja integralmente aplicada, em todos os entes da federação. Para isso, esperamos contar com o apoio da sociedade, pois a educação pública só tem a ganhar com professores bem remunerados e valorizados.

Maria Izabel Azevedo Noronha é presidenta da Apeoesp (Sindicato Professores do Ensino Oficial de São Paulo) e membro do Conselho Nacional de Educação e do Fórum Nacional de Educação.

Ato público vai defender mais recursos para cultura

Ato público será realizado na próxima quarta-feira (23), na Câmara dos Deputados, em Brasília, em defesa do orçamento da Cultura. A mobilização é promovida pela Frente Parlamentar Mista em Defesa da Cultura no Congresso Nacional e as comissões de Educação, Cultura e Esporte da Câmara dos Deputados e do Senado Federal realizam.

Jandira Feghali, que preside a Frente Parlamentar Mista da Cultura no Congresso, disse que o objetivo é lutar pela recuperação e ampliação dos recursos previstos para o Ministério da Cultura em 2012. Na ocasião, a Frente Parlamentar da Cultura apresentará um balanço de atividades do colegiado em 2011.

A deputada disse ainda que trabalha para garantir celeridade à votação do projeto que estabelece novas regras para o financiamento da cultura por meio da criação do Programa Nacional de Fomento e Incentivo à Cultura (Procultura).

Ela critica a continuada redução dos financiamentos dos projetos culturais no país e os sucessivos cortes nos programas fins do Ministério da Cultura, mas enfatizou o empenho da Frente Parlamentar em garantir rapidez na aprovação do texto.

O deputado Pedro Eugênio (PT-PE), relator na Comissão de Finanças e Tributação da proposta do Executivo afirmou, em seminário realizado no início do mês, que irá propor, em seu relatório, a destinação obrigatória de pelo menos 20% dos recursos de renúncia fiscal ao Fundo Nacional de Cultura (FNC).

Os recursos de renúncia fiscal do governo são aplicados por empresas em propostas aprovadas pelo Ministério da Cultura. Já o FNC inclui dotações orçamentárias diretas, além de outras fontes. Em 2010, as verbas de renúncia fiscal alcançaram R$1,3 bilhão, já os recursos do Fundo Nacional de Cultura somaram apenas R$300 milhões.

A maior diferença é que boa parte do dinheiro do fundo é aplicado em projetos escolhidos por meio de editais acessíveis ao público, enquanto que as verbas da renúncia fiscal são investidas em iniciativas escolhidas pela iniciativa privada, normalmente com base em interesses publicitários.

A diferença de valores, segundo Pedro Eugênio, provoca distorções na aplicação dessas verbas – tanto entre os segmentos das artes quanto entre os estados que sediam os grupos culturais. No ano passado, por exemplo, os estados da Região Sudeste receberam 81% das verbas de renúncia fiscal. Sul, Nordeste, Centro-Oeste e Norte ficaram com, respectivamente, 8%, 6%, 4% e 1%.

Com informações da Ass. Dep. Jandira Feghali

Sou Negro

Por Solano Trindade

a Dione Silva


Sou Negro
meus avós foram queimados
pelo sol da África
minh'alma recebeu o batismo dos tambores atabaques, gonguês e agogôs

Contaram-me que meus avós
vieram de Loanda
como mercadoria de baixo preço plantaram cana pro senhor do engenho novo
e fundaram o primeiro Maracatu.

Depois meu avô brigou como um danado nas terras de Zumbi
Era valente como quê
Na capoeira ou na faca
escreveu não leu
o pau comeu
Não foi um pai João
humilde e manso

Mesmo vovó não foi de brincadeira
Na guerra dos Malês
ela se destacou

Na minh'alma ficou
o samba
o batuque
o bamboleio
e o desejo de libertação...

Solano Trindade (Recife, 1908 – Rio de Janeiro, 1974), autor dos livros “Poemas de uma vida simples” (1944), ”Seis tempos de poesia” (1958) e “Cantares do meu povo” (1961).

O choro, música de uma transição cultural

18 de Novembro de 2011 - 18h30


O choro é um gênero musical nascido e desenvolvido na cidade do Rio de Janeiro, quando esta passa por inúmeras transformações fundamentais para a história do Brasil, entre elas, a inquietação que se segue à Guerra do Paraguai (1864-1870), a campanha pela abolição da escravidão e pela República, a reformas urbanas e a grandes transformações culturais.

Por Maurício Siaines (*)

Chiquinha Gonzaga (1847-1935), Pixinguinha (1897-1973), Heitor Villa-Lobos (1887-1959) e Jacob do Bandolim (1918-1968) são nomes famosos que participaram dessa história, mas há muitos outros.

Sérgio Prata, músico e diretor de pesquisas (atualmente é vice-presidente) do Instituto Jacob do Bandolim no Rio de Janeiro, falou do movimento cultural do choro, de que é, além de estudioso, participante ativo, desde meados dos anos 1970, quando o boteco Sovaco de Cobra, no bairro da Penha (Rio de Janeiro), tornou-se o ponto de encontro de diversos chorões que se reuniam para tocar e reabilitaram o gênero musical.

Pergunta - Fale um pouco da história do choro.
Sérgio Prata – Os escravos que vieram para o Brasil, embora submetidos à força, trouxeram todo seu patrimônio cultural. E o gênero musical predominante entre eles, nas senzalas, era o lundu, que tinha a dança da umbigada, em que os pares se roçavam com um jeito sensual. Também os rituais religiosos, em que havia o batuque. Boa parte dos escravos começa a ser liberada para a cidade, a partir de 1870, e começam a buscar emprego no pequeno comércio, em barbearias, vão morar em cortiços na Cidade Nova. Ao mesmo tempo, desenvolvia-se a luta republicana. Ao mesmo tempo, fica o patrimônio musical das antigas classes dominantes, da elite imperial, de que faz parte o gênero musical da polca, predominante na Europa. A polca chegou ao Brasil por volta de 1855 e é a primeira dança de pares enlaçados, onde o homem abraçava a mulher. Nos gêneros anteriores, a quadrilha e o schottisch, não havia esse contato. Em 1845 dançou-se a polca pela primeira vez, aqui no Rio, e logo virou uma febre.

P – E nessa metade do século 19 também houve o fim do tráfico de escravos ...
SP – É. Então, na época em que a corte [imperial] vai embora, o Rio era a cidade dos pianos, mas o homem da rua não tinha piano, tinha violão, cavaquinho, batucava. Havia os músicos de banda militar, ou funcionários públicos, que compunham a baixa classe média do século 19, funcionários de cartórios, bombeiros, militares.

P – É como o Policarpo Quaresma, do Lima Barreto, que queria aprender a tocar violão.
SP – E os historiadores dizem que, justamente a forma de se tocar a polca, não no piano, mas com os instrumentos do homem da rua é que começa a acontecer a mudança. O homem de rua pega o violão, o cavaquinho, a flauta, o oficleide, o clarinete e começa a tocar, ainda com aquele formato de polca, em dois por quatro, mas já começa a colocar um pouco também, de seu DNA africano, com aquela malemolência ... a percussão é uma coisa ainda muito em início. No final do século 19 não existia ainda pandeiro. Havia percussão nas rodas dos negros. O choro começa com os trios, com violão, cavaquinho e um instrumento de solo. Não tinha percussão porque ainda era muito calcado na estrutura da polca alemã, que era tocada em piano. É o formato popular de tocar uma música de origem imperial, mas já com uma, digamos, transfusão cultural, que vai avançando. E aí surge, na década de 1870, o grupo do [Joaquim] Calado, que é o primeiro de que se tem registro como grupo de choro, que, na verdade, naquele momento ainda não era um gênero musical. Choro era o nome que se dava ao grupo que tocava aquele tipo de música.

P – E esse pessoal teve vida curta, não é?
SP – Ah! Naquela época era assim. O Calado morreu com 32 anos. A Chiquinha [Gonzaga] é que viveu mais, 88 anos, o [Ernesto] Nazaré também, 71 anos. A média de vida estava mais para o padrão do Calado, Chiquinha e Nazaré foram exceções, a grande maioria morria antes dos 40.

P – Voltando à história do choro, o choro do Joaquim Calado é o marco ...
SP – O grupo do Calado, que se chamava Choro Carioca, foi o primeiro e se apresentava em festas de famílias ... não eram profissionais.

P – Mas o Calado tinha uma formação musical escolar, acadêmica, não é?
SP– Ele era um músico da elite, formado pelo Conservatório [de Música, criado em 1848]. Era um cara respeitado por músicos franceses que vinham ao Brasil, um músico de escol, como chamavam. E era negro e tinha suas raízes. No Choro Carioca ele tocava flauta, havia dois violões e um cavaquinho. Houve uma época em que a Chiquinha Gonzaga tocou piano com eles. Daí surgiram vários trios. Boa parte dos músicos de choro era oriunda das bandas militares. A grande maioria dos músicos da época não sabia ler música, tocava de ouvido, mas os solistas precisavam ter mais conhecimento para poder tocar. E decorar a música era mais complicado e quem sabia ler música, naquela época, era quem tocava na banda militar, não havia difusão do ensino da música.

P – Então há uma relação entre a banda e o choro.
SP – Pois é, tem muito a ver. O primeiro grupo renomado que toca o gênero choro, no final do século 19 é a Banda do Corpo de Bombeiros, regida pelo Anacleto de Medeiros (1866-1907), que foi criada com músicos de choro. O Anacleto de Medeiros, que foi aquele músico fantástico, do padrão do Pixinguinha, do Calado. Existe um livro do André Diniz, de que fiz o prefácio, sobre o Anacleto de Medeiros, que mostra que boa parte do choro se deve ao Anacleto, que era lá de Paquetá. Ele foi convidado para ser maestro da Banda do Corpo de Bombeiros e resolveu levar os músicos de choro, que foram contratados e ganharam seus primeiros cachês ... é o primeiro registro de pagamento de cachê para músicos de choro que se tem, a ida desses músicos de rua para a Banda do Corpo de Bombeiros. E há os arranjos que o Anacleto compunha, já fazendo polifonia de clarinetes, flautas.

P – As bandas formavam, então, um caminho para a popularização da música.
SP – E eram uma fonte de músicos populares, que aprendiam música sem ter dinheiro para pagar aulas, aprendiam nos quartéis gratuitamente. O choro tem, então, um pé nas bandas militares.

P– Nova Friburgo tem três bandas, a Euterpe Friburguense, a Campesina Friburguense e a Euterpe Lumiarense, que se reorganiza desde 2008, depois de ter ficado 40 anos inativa. Nesta última, como nas demais, há uma preocupação em relacionar a cultura local com a música que se toca. Como você vê essa relação?
SP – Quem acha que há contradição nisso, não vê a ponte entre a importância da banda e os outros caminhos que podem ser seguidos, com outros tipos de abordagem cultural, mais contemporânea. Isto não pode servir de negação da origem. Eventos pontuais e extraordinários têm que servir de suporte para reforçar o elemento central que é a banda.

P – O choro nasce quando estão se engendrando uma série de mudanças na vida social brasileira ...
SP – ... quando começa a surgir o conceito de nação.

P – Pois é, o momento dessa transição é muito importante. É o mesmo momento em que está nascendo Os sertões, de Euclides da Cunha, publicado em 1902 e no mundo da música também aconteciam coisas …
SP – ... em 1902 aconteceram as primeiras gravações, e foi lançado o primeiro disco brasileiro, pela Casa Edison. Da última década do século 19 até a primeira década do século 20 aconteceram mudanças culturais tão importantes ou mais do que as que o computador está fazendo neste início do século 21. Aquilo que era pintura, virou fotografia, o que era canto virou disco e o que era teatro virou cinema. Isto, em 15 anos.

Eu tenho um gramofone que ainda funciona e quis ter a mesma sensação do homem de 1902 ouvindo sair uma música daquele aparelho. O mundo mudou muito e não é à toa que o processo que aconteceu no Brasil é o mesmo, no mesmo momento, com o mesmo recorte cultural, nos Estados Unidos e em outros países. A música das Américas, nessa passagem de século é a fusão da música do dominador e do dominado. Há o danzón, no Caribe, o blues, nos Estados Unidos, o choro no Brasil, que são fusões dos gêneros da elite dominadora com os do homem dominado.

P – No caso do Rio de Janeiro, é um momento de grande transformação da cidade ... é nessa época que o Pixinguinha está se formando, no Catumbi...
SP – Ele começou a tocar, aqui na Lapa, em 1912.

P – Antes disso, no Catumbi ...
SP – ... havia os ensaios na casa do pai dele.

P – De que o Heitor Villa-Lobos chegou a participar. E aí vem a questão da relação entre a música popular e a erudita. O Mário de Andrade diz que uma se alimenta da outra e vice-versa. Isto fica muito claro nesse convívio do Villa-Lobos com a casa do Pixinguinha.
SP – O Villa-Lobos compôs choros e ele bebeu muito ali na fonte do choro, com certeza. [Os maestros] Francisco Mignone e Radamés Gnattali, também. O choro é a música do instrumentista brasileiro, houve grandes instrumentistas que não foram chorões, mas passaram pelo choro.

Fonte: Voz da Serra Online (Nova Friburgo, RJ) -
http://www.avozdaserra.com.br/noticias.php?noticia=15155

Do blog do Sr. Júlio Esteves, A DITADURA DO SILÊNCIO ABSOLUTO VOLTA A MOSTRAR AS SUAS GARRAS.

Parabéns ao Sr. Júlio por esta Matéria esclarecedora em seu blog.

A manchete de hoje da Voz da Cidade me deixou muito intrigado. A tônica da matéria é que "Som alto na madrugada incomoda moradores de bairro". No escopo da matéria, na página 11, percebe-se que o bairro em questão é o bairro Ano Bom, em Barra Mansa. A queixa, segundo consta, é sobre os veículos que transitam por lá em virtude dos bares que instalaram-se no local somando-se aos já existentes, e a reclamação principal é com os sons emitidos pelos equipamentos potentes dos carros. Apesar de concordar parcialmente com as reclamações, percebo que covarde e veladamente pretende-se colocar a culpa nos bares e seus proprietários. Há muito acompanho esse filme e na verdade esse tema foi o primeiro a motivar a criação deste Blog. A cidade de Barra Mansa já tornou-se uma cidade dormitório e concomitantemente as opções de lazer são escassas e o poder público omisso e inoperante fica feliz com isso, porém iniciativas privadas ousadas e bem-vindas, sem nenhum apoio dos órgãos públicos, estão gerando emprego, renda, lazer e cultura no local. Isso incomoda muita gente, principalmente os precursores da ditadura do silêncio absoluto implantada na cidade que é uma das agraciadas com a ida do carnaval para o Parque das Torturas. Quero registrar que também sou radicalmente contrário aos verdadeiros carros de som que certos veículos se transformaram e isso também me incomoda muito, mas daí a responsabilizar os corajosos empreendedores das diversões noturnas por isso, é tentar mais uma vez jogar a sujeira para baixo do tapete. O que acontece nas vias públicas é de responsabilidade do poder público e não dos empresários que não tem a mínima autonomia para coibir tais procedimentos incômodos. Cabe a Guarda Municipal e as autoridades policiais constituídas evitar e combater a prática imbecil dos altos volumes de som expedidos pelos carros dos beócios. Se não possuem decibelímetros para aplicar a lei, incomodem, peçam documentos sistematicamente, abordem-os com a mesm a fúria e rigidez empregadas contra os proprietários de veículos que não estão em dia com o seu IPVA e por certo eles perceberão que a prática não lhes é favorável, mas por favor, não venham com essa ladainha querer novamente impedir que nossos jovens tenham vida na própria cidade que moram e que fiquem a mercê das violentas e perigosas estradas da madrugada expondo-se a toda sorte de riscos e preocupações para os pais. Não venham com essa desculpa, destilar a sua inveja pelo sucessos desses empresários que varam a madrugada, quando necessário, para ganhar a vida, gerar empregos e oferecer um pouco de alegria para a nossa sociedade. É preciso esclarecer que não é o som dos bares que tem incomodado a vizinhança mas o som das ruas, e quem fiscaliza as ruas é o poder público. Percebemos, há dias atrás, nos veículos de imprensa e nas ações da fiscalização municipal, igual preocupação com os espaços ocupados nas calçadas pelos bares. Ninguém se incomoda com os bicheiros anotando jogo no meio da rua, ninguém se rebela com os ônibus invadindo calçadas, ninguém se escandaliza com os marginais fumando crack em baixo da ponte, ninguém se constrange com os travestis se oferecendo nas ruas centrais, ninguém se mobiliza contra os altos cantos evangélicos de certos templos, mas contra os bares, é impressionante o levante que se protagoniza rápida e vorazmente. Deixem de ser invejosos e sem vida e permitam que nossos jovens tenham momentos de alegria, música, descontração e sonhos. Evitem, usando todas as forças e instrumentos legais e possíveis, os transtornos causados pelos veículos que incomodam os moradores no seu direito de paz, mas não venham tentar coibir a vida, só porque alguns já desistiram dela. Precisamos ficar atentos, pois na falta do que fazer no vazio das suas esperas pela morte, vários desistentes da vida conseguem adesões e abaixo-assinados rapidamente e via de regra contam a complascência demagógica dos poderes constituídos que sempre optam pelo caminho mais fácil e menos desgastante. O silêncio dos bons é a ditadura dos maus.

terça-feira, 15 de novembro de 2011

OBRAS DE ARTE (3) PORTINARI - "O PINTOR DO BRASIL"

CURTAM ALGUMAS PINTURAS DO GRANDE PINTOR BRASILEIRO!









Entrevista: Antunes Filho "O teatro virou um terreno baldio"

Antunes Filho, um dos mais importantes e ativos diretores do Brasil,comenta a crise que a sociedade do consumo colocou para o teatro

Por Débora Prado

Antunes Filho nasceu em 1929 e com apenas 20 anos começou a carreira no teatro. Conhecido pela adaptação de grandes obras da literatura nacional, como Macunaíma (de Mario de Andrade) e Triste Fim de Policarpo Quaresma (Lima Barreto), é um dos principais diretores e formuladores do teatro brasileiro. Com 62 anos de carreira, em plena atividade, apresenta um extenso currículo artístico, que conta não só com grandes peças, mas com a coordenação de diferentes grupos teatrais, além de trabalhos no cinema e na televisão.

Para ele, o teatro está colado à sociedade e deve ter um papel de formador de consciências. Crítico da prática da “arte pela arte”, Antunes Filho considera que a libertação só é possível por meio do conhecimento e de uma base cultural sólida.

Hoje, ele atua no Espaço CPT (Centro de Pesquisa Teatral) no Sesc Consolação, na capital paulista. Em entrevista à Caros Amigos, o diretor comentou seu trabalho e as dificuldades que a sociedade do consumo colocam não só para o teatro, mas para as artes em geral. Também criticou a política cultural brasileira - ou a ausência dela - e o assistencialismo, que considerou uma “mordaça” no progresso do país. Confira.

Caros Amigos – Vamos começar falando do seu trabalho e legado para o teatro brasileiro. Você costuma usar muito o trabalho interdisciplinar, que referências você usa de fonte para fazer teatro?

Antunes Filho - O teatro é uma coisa viva na sociedade, então tudo interfere no teatro. Ele fica no cruzamento de muitas situações dramáticas da própria sociedade e, na verdade, essas situações dramáticas são determinantes para os espetáculos. Tem que ter uma sensibilidade para esse cruzamento de coisas e situações para poder sacar o próximo espetáculo a ser feito, principalmente, para sacar como está o nível espiritual de uma sociedade, que tendência ela está seguindo. É preciso estar sempre em busca do contemporâneo. Então, é preciso estar, também, sempre atualizado e aí aparecem diversas fontes, como a filosofia, a física, etc, o importante é estar em aberto. E, no geral, estamos sempre em aberto, né? A não ser que a pessoa se tranque. E no teatro é assim, a gente é vítima disso tudo, as coisas passam através da gente.

O que seria contemporâneo, atualmente?

Hoje em dia está tão difícil, há uma crise tão terrível, que é duro encontrar uma saída para afirmar alguma coisa. As coisas são ambíguas, atualmente. A alta comercialização da arte que gera emprego, ao mesmo tempo, gera um definhamento da arte. Então, há um paradoxo, a arte definha em nome do consumo, sob o argumento de que o consumo gera emprego. E isso não só no teatro, os próprios festivais de cinema hoje em dia estão dando prêmios para os filmes mais artísticos para tentar recuperar alguma coisa. Fica nesse empurra-empurra em que está a sociedade. E aí eu fico com alguns questionamentos: como você se alinha nisso? Como falar a respeito dos espetáculos que estão em cartaz? Eu estou no meio de um tumulto. Acho que, nesse momento, para se ter uma ideia claramente, é preciso se afastar, como fez o Terrence Malick, diretor do filme Árvore da Vida. Ele ficou 20 anos sem fazer um filme, se afastou para refletir, porque no meio desse vozerio todo não dá.

E, por outro lado, esse tumulto gera cada vez menos tempo para pensar nas obras...

Sim, há um estímulo à velocidade e é preciso tomar cuidado para não se perder. Eu mesmo quero fazer um espetáculo e estou vacilando bastante. Aliás, já fiz um espetáculo há algum tempo chamado Irã, ensaiei tudo e parei, porque não estava no caminho. Quer dizer, era o caminho fazer sobre o Irã, mas o ensaio não chegou a alguma coisa a mais a ser dita. Agora, eu estou querendo fazer o Hamlet, e fico nessa onda de fazer pesquisa, pesquisa, pesquisa e não entro no texto nunca, porque eu fico me questionando: por que fazer mais um Hamlet? Tem que ter um sentido que abranja o social, o político, o artístico. Porque, hoje em dia, tentar recuperar o caráter artístico é de certa maneira tentar salvaguardar alguma coisa da sociedade. Mas, também não pode sair num artístico ‘lambe- sabão’, a forma pela forma, isso também não resolve. Então eu me pergunto: o que nós temos que falar, hoje em dia? Criticar a sociedade do consumo ainda mais?

E também me questiono, criticar não adianta, porque quando se critica se faz mais. Quanto mais se critica mais se vende e se fabrica.

Então, o teatro está assim. E o cinema também, mas o cinema agrada, faz fila, lota, e nós como ficamos? De certa maneira, o cinema está tentando recuperar os velhos diretores, as velhas formas para poder sobreviver, procurar uma tendência nova para sair desse marasmo que ficou. Está muito difícil.

Campanha exige 10% do PIB para a educação

Estudantes, professores e técnicos-administrativos se mobilizam em defesa da educação pública e lançam campanha e plebiscito

Por Otávio Nagoya

Mais de 20 mil pessoas se reuniram em Brasília no dia 24 de agosto, em uma marcha em defesa da educação, saúde e reforma agrária. A manifestação foi iniciativa dos movimentos sociais, centrais sindicais, além de partidos e coletivos de esquerda. Na ocasião, foi lançada a campanha “10% do PIB na educação pública já!”, iniciada pelos movimentos de educação e amplamente apoiada pelos outros setores da marcha. A campanha exige do governo federal que 10% do Produto Interno Bruto (PIB) do país seja destinado para a educação pública, sendo iniciado imediatamente.

“É muito importante que tenhamos uma campanha forte, temos que conseguir atingir o cerne da questão. Sem dinheiro, a educação não vai avançar. E não ter dinheiro é uma opção política tomada pelo governo, já que mais de 50% do PIB é destinado para pagar a dívida e apenas 5% para a educação”, analisa Rebecca Freitas, do Diretório Central dos Estudantes (DCE) da Universidade Federal do Paraná (UFPR) e integrante da Oposição de Esquerda da União Nacional dos Estudantes (UNE).

Léia de Souza Oliveira, coordenadora geral da Federação de Sindicatos de Trabalhadores das Universidades Brasileiras (Fasubra) conta que a campanha conta com forte apoio dos movimentos sociais, e que “o debate está sendo travado pelos trabalhadores do ensino básico e também os trabalhadores do ensino superior privado”.

Para Júlio Anselmo, membro do DCE da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ) e da executiva nacional da Assembleia Nacional dos Estudantes-Livre (Anel), a campanha nasce da necessidade dos estudantes no dia a dia, como estruturas precárias e falta de equipamentos. “Além disso, existe um atraso histórico na educação brasileira. O descaso do governo fica ainda mais explícito, já que estamos vivendo um período de crescimento econômico, só que não vimos isso ser passado para as áreas sociais”, critica.

Reivindicação histórica

O investimento de 10% do PIB brasileiro em educação é uma pauta antiga do movimento de educação. Ainda no fim da década de 1990, os militantes promoviam o Congresso Nacional de Educação, que protagonizou importantes lutas durante os oito anos do Governo FHC. Foi por causa da pressão que o governo inclui no Plano Nacional de Educação (PNE), aprovado em 2001, o repasse de 7% do PIB para a educação. Porém, FHC vetou esse dispositivo e manteve o investimento em torno dos 4%. Durante o governo Lula, o veto foi mantido, apesar de um pequeno aumento no investimento, que ficou em 5,3%, em 2007, segundo dados da Unesco.

“O Lula, em sua candidatura, prometeu remover o veto, mas nunca o fez e tive a oportunidade de perguntar para o Fernando Haddad [ministro da Educação]: Por que a promessa não foi cumprida? E ele respondeu de maneira clara que não dava para reverter o veto dos 7%, pois não conseguiríamos fazer superávit primário para pagar os banqueiros”, conta Chico Miraglia, professor da Universidade de São Paulo (USP) e integrante do Sindicato Nacional dos Docentes das Instituições de Ensino Superior (ANDES-SN). “10% do PIB não é o ideal, é o mínimo para que a educação tenha um papel estratégico na transformação social do Brasil”, garante Léia de Souza Oliveira.

Para a estudante Rebecca Freitas, o antigo PNE, com validade entre 2001 a 2011, foi bastante falho: “Chegamos ao fim do PNE com apenas dois terços de sua meta cumprida, o que é uma obviedade. De que adianta colocar metas e não ter dinheiro? Isso vira um plano de intenções. O mesmo está se desenhando para o novo PNE”. A justificativa dada pelo Ministro da Educação é que o Brasil não tem dinheiro para ultrapassar o investimento de 7% do PIB proposto no novo PNE. “Desde quando dobrar o investimento em educação vai quebrar um país? Quando é para tirar dinheiro do orçamento do Estado para dar para os banqueiros, isso não quebra o país?”, questiona Júlio Anselmo.

Acervo do escritor José de Alencar será digitalizado

Manuscritos e documentos inéditos do pai do romance brasileiro, o escritor cearense José de Alencar, serão digitalizados e colocados à disposição numa biblioteca virtual que terá como centro de referência a casa onde ele nasceu, em Fortaleza. O material ficará disponível para consulta pública nos computadores da biblioteca da Casa de José de Alencar a partir de maio de 2012.


O projeto, orçado em R$ 100 mil, será realizado pela Casa de José de Alencar em parceria com o Departamento de Literatura da Universidade Federal do Ceará e o Arquivo Histórico do Museu Histórico Nacional.

Entre os 29 documentos, destacam-se treze cadernos manuscritos com fragmentos de textos já publicados, como o livro autobiográfico Como e Por Que Sou Romancista e do ensaio filosófico e antropológico Antiguidade da América. Também serão digitalizados trechos do primeiro romance de Alencar, Os Contrabandistas, que, segundo o pesquisador Marcelo Peloggio, não chegou a ser concluído. "Foi a primeira tentativa de Alencar de escrever um romance", diz Peloggio. "Alguns desses papéis se perderam. Afinal, são documentos de 1846."

Boa parte desse material que será digitalizado foi transformada em livro por Peloggio, após três anos de pesquisa no acervo do Museu Histórico Nacional, no Rio, onde os documentos encontram-se expostos. A obra traz textos de Alencar guardados há mais de 130 anos, que ainda não haviam sido publicados integralmente.

O pesquisador identificou fragmentos e anotações em 11 cadernos do escritor cearense que compõem dois manuscritos sobre a origem da humanidade e sua extinção, Antiguidade da América e A Raça Primogênita.

"São textos de caráter antropológico e filosófico, talvez os últimos de Alencar. Aventam a hipótese de que o homem surgiu na América e aqui vai se extinguir", diz Peloggio. Os ensaios consideram que o berço da humanidade seria a América e que o mundo terminaria em um grande massacre, que se passaria no continente.

Caiçara canta seu povo



Rosa Minine

Nascido e criado em Paraty, litoral do estado do Rio de Janeiro, o caiçara Luiz Perequê, compositor, cantor e violonista, é um dos mais valentes na briga pela integridade da cultura desse pedaço de Brasil. Criador do Silo Cultural , que gerou a Rede Caiçara de Cultura , Perequê luta para fortalecer a cultura da região e coloca sua música a serviço de seu povo.

— Sou filho de uma família mineira que veio para cá em 1958. Meu pai foi morar na zona rural de Paraty e trabalhar com tropa, fazendo transporte de coisas entre a cidade e Ubatuba. Assim, cresci nesse universo aconchegante de belas praias e povo acolhedor, o que acabou refletindo em todo o meu trabalho de música — revela Perequê.

— Não tive formação musical acadêmica, aprendi vendo as pessoas tocar. Comecei a compor com 18 anos, e fui mostrando para alguns amigos que diziam gostar, o que me animava a continuar. Aos 20, ganhei meu primeiro violão, e dois anos depois estava participando de um festival de música em Angra dos Reis, aqui perto. Foi nesse momento que descobri que esta seria minha profissão — lembra.

Perequê diz que não se preocupa em fazer música regional quando vai compor, mas acaba fazendo, porque isso está dentro dele.

Sou daqui, gosto daqui e sigo os costumes do meu povo. É claro que isso tinha que aparecer no meu trabalho — declara.

O título Cultura Caiçara, segundo Perequê, foi dado à cultura da sua região há cerca de vinte e cinco anos, depois que um grupo de pesquisadores dedicaram-se a investigar hábitos e costumes locais.

— Descobriu-se que existe um povo em uma área que abrange a baia da Ilha Grande até Paranaguá, com seus próprios costumes, sua própria música, seu jeito de pescar, de fazer o remo, sua comida, etc. E juntando esses fragmentos deu-se o nome de cultura caiçara — explica.

— O Caiçara é o povo do litoral que planta e pesca. É o pescador artesanal, que também tem a sua pequena plantação, servindo para sua sobrevivência. Normalmente tem um mandiocal, para fazer farinha, e uma canoa, que usa para pescar. Vive em uma casa de pau-a-pique, com chão batido e fogão de lenha. É uma espécie de 'caipira do litoral', entretanto, de uma área específica — acrescenta.

— A nossa ciranda, o nosso fandango, só existem aqui. Também a nossa farinha, o nosso peixe com banana só tem aqui. Além do nosso artesanato e tudo mais que representa bem esse pedaço de terra, da mesma forma que vemos em outras regiões brasileiras, cada uma com a sua particularidade, a chamada 'cultura regional', que é a alma do povo de cada lugar — continua.

Luiz Perequê lembra que a região fez parte do começo do Brasil Colônia, e nela está bem forte a mistura índio/português/negro.

— Tivemos a chegada dos portugueses por aqui, expandindo depois para o Vale do Paraíba, e a vinda dos africanos. Então se vamos até a ponta do Cajaíba ou da Juatinga, encontramos meninos de olhos azuis. Chega em Ponta Negra e já encontra o índio, anda mais um pouco, em Campinho tem um quilombo — fala.

— Essa região sofreu por muitos anos de um total abandono, um verdadeiro isolamento do resto do país. Só com a construção da rodovia Rio-Santos é que o resto do país teve a oportunidade de conhecer. E saiu do zero ao cem: a região passou a ser conhecida como área turística, atraindo gente de todo tipo para cá — acrescenta.

Rede em favor da cultura

Mas esse turismo todo também trouxe problemas, com o desrespeito da cultura local, a especulação imobiliária e outras agressões ao povo. Para lutar contra isso Luiz Perequê, juntamente com outros interessados, criou em 2000, o Silo Cultural.

— Dentro do Silo criamos a Rede Caiçara de Cultura, junto com Antônio Carlos Diegues e outros pesquisadores ligados a USP, e começamos a fazer encontros e debates. Por exemplo, colocamos em uma mesma mesa um tocador de rabeca lá do extremo da costeira, do fundo do mato, e um acadêmico, para discutir cultura, ecologia, e falar da questão da sobrevivência. E isso é muito enriquecedor — garante .

Perequê diz que vive em uma região turística onde se fala em respeitar o meio ambiente, fazendo reservas, mas se esquece do povo que mora dentro dessas reservas.

— Na verdade, essas pessoas não foram morar nas reservas, e sim as reservas é que foram morar nas pessoas. Isso porque chega-se em uma vila de pescadores, que já existe há 300 anos e a transforma em reserva. Mas se esquecem das pessoas que moram ali, e passam por cima dos seus costumes e tudo que faz parte da sua existência — constata.

— Logo em seguida vem o turismo, que também já não respeita nada do dia-a-dia dessa cultura local, e até insere os seus jeitos. É contra tudo isso que lutamos com a Rede Caiçara de Cultura. O que queremos é fortalecer nossa cultura para poder receber os turistas, sem danos. Até porque ele é uma pessoa que vem para saber como eu vivo e tem que respeitar o meu jeito — diz.

Outro problema são pessoas que chegam atraídas pela ilusão de enriquecer com o turismo, e acabam causando o aparecimento de criança abandonadas no local, mendigos.

— Muita gente vem para cá pensando que aqui é uma 'mina de dinheiro', e não sabem eles que a 'mina de dinheiro' daqui é só para o grupo empresarial que explora o turismo e que, muitas vezes, não está nem um pouco preocupado com a questão cultural, muito menos com o povo — fala.

— E quem ganha dinheiro com turismo aqui não entende que existem as baixas temporadas, que é uma espécie de defeso cultural, o momento em que a comunidade trabalha para si própria, para produzir cultura, porque na alta temporada o turista está consumindo essa cultura produzida. — acrescenta.

Segundo Perequê o defeso cultural é exatamente a hora em que a comunidade se volta para fazer o exercício das suas manifestações artísticas, de onde surge os produtos culturais.

— Ele deve ser respeitado. É um momento de criação, de reflexão. Mas o empresário não pode ficar um dia sem ganhar dinheiro e explora o local até esgotá-lo. Costumo dizer que ao não se respeitar esse momento, se está dando um tiro nos próprios pés. As pessoas na verdade não estão 'bebendo a água da fonte', e sim 'tomando banho na fonte'. Automaticamente, essa nascente será prejudicada, começará cair areia e de repente terá uma poça de lama — compara.

— Isso acontece porque o empresário não veio para cá porque se apaixonou por algo aqui, e sim por ser um bom negócio. Ele nem sequer sofre com isso tudo, pois vai embora assim que esgotar toda a fonte, para fazer o mesmo em outro lugar. Com certeza na hora que ele olhar para a nascente e ela for uma poça de lama, ele vende tudo e vai fazer lama em outro lugar — acrescenta.

— Basicamente, a minha luta é para que isso não aconteça: canto, denuncio, uso a minha música a serviço do nosso povo. E ao mesmo tempo vou sobrevivendo com ela e com meu trabalho de compositor — diz Luiz Perequê, que é bastante conhecido na região, fazendo shows em toda parte, em muitos lugares do país.

Eclética viola brasileira




Rosa Minine

Exímio tocador, compositor e professor de viola caipira, Enúbio Queiroz nasceu na fazenda Barreiro, em Iturama-MG, radicando-se atualmente no interior de São Paulo, onde mais atua, juntando a viola mineira com a paulista, um ponto de partida para o trabalho eclético que faz, mas com compromisso com a cultura brasileira. Autor de livros e DVDs didáticos, ele tem ajudado muita gente a tocar viola.

— Grandes tocadores de viola me influenciaram na infância, além de meu pai que também era violeiro. Fui criado na roça, trabalhando na lavoura e na lida de gado, naquele ambiente todo propício para a viola, e aos nove anos de idade comecei a tocar. Meu pai e meu professor do primário foram meus grandes incentivadores. Imagina que o professor era músico nas horas vagas e além das matérias da escola, me ensinava a viola — lembra Enúbio.

— Um pouco maior fui me aprimorar e conhecer teoria musical. Estudei com professores afamados, bons mesmo, em São Paulo e em Goiânia. Também passei pela banda de música e pelo conservatório. Porém, no conservatório tive que estudar violão clássico, porque não tinha material didático para viola. Costumo dizer que estudei anos de violão, mas pensando na viola (risos) — brinca.

Com o tempo Enúbio foi ganhando conhecimento suficiente para fazer seu próprio material didático, criando métodos e videoaulas.

— Lá pra 1980 mais ou menos, praticamente só tinham dois livros didáticos: do Tião Carreiro e o do Tonico e Tinoco. Comecei a resgatar todo esse material e pegar as partituras que usava para estudar violão e passar para a viola, ao mesmo tempo criar coisas novas para a viola mesmo. E publiquei com o objetivo de divulgar a viola e para que outras pessoas pudessem usufruir — declara.

— Hoje tenho dois livros de viola e dois cursos em DVD, incluindo básico, intermediário e avançado. Em suma o que fiz foi resgatar um pouquinho da literatura da viola e passar para juventude. E fiquei feliz quando notei que muitos outros brasileiros pensaram da mesma forma, e surgiram muitos outros materiais para a viola caipira — continua.

— Por conta disso começou a aparecer muita gente interessada em aprender, comprando todo o material do mercado e até se comunicando com os violeiros. Eu mesmo fui comunicado sobre o interesse de algumas pessoas que adquiriram o material que lancei — comenta.

— Enúbio mora em São José do Rio Preto, próximo a Barretos, onde acontece a tradicional Festa do Peão de Boiadeiro, condenada por muitas pessoas ligadas a viola como algo que perdeu a identidade.

— Digo que setenta por cento da festa é comercial, mas ainda tem esse pouquinho que se salva, e é por esse pouquinho que faço questão de lutar, participando. Por exemplo, lá tem um festival de viola todos os anos; tem a 'Queima do alho', que é uma festa das comidas tradicionais, entre outras, a 'tropeira' que os peões faziam na estrada, e tudo regado a viola caipira — expõe.

— Também a 50 km de Barretos tem o Festival do Folclore, enfim, essa região toda é muito boa para a viola, muita coisa boa acontece por aqui, e não conseguiram acabar com isso, porque tem muita gente, violeiros bem antigos, que moram por essa área. Muitos deles não conhecem nada de partituras, sempre tocaram de ouvido e vão passando para outros. E não se deixam levar por modismos nenhuns. É gente boa mesmo — continua.

Segundo Enúbio, de forma positiva a viola tem se expandido muito entre jovens da cidade, nas universidades.

— Desde que chegou no Brasil, pela mão dos portugueses para ajudar na catequização dos índios, ela foi abraçada pelo povo do sertão em geral, nos cantos de rodas, nas folias de reis, congada, dança da catira, ganhando uma identidade totalmente brasileira. Agora a moçada da cidade já descobriu o instrumento, a juventude aderiu à viola, creio que um dos motivos também é o acesso às partituras — comenta.

— Mas continua ligada de alguma forma a coisa rural, que é sua base cultural, até porque a roça, o plantio, a colheita é a base de toda cidade. O trabalhador rural tem grande importância, e ela está bem inserida no seu mundo. Cada lugar do Brasil tem a sua viola, particularidades ligada à cultura local. Com a expansão para a universidade, a juventude da cidade entrou nessa soma, e isso serve para enriquecê-la ainda mais — defende.
Mistura que deu certo

Fazendo uma mistura de clássicos populares de outros gêneros com a música caipira, Enúbio criou um repertório bem eclético.

— Por exemplo, toco Asa Branca na viola, uma música caipira de raiz como Saudades do Matão ou Menino da Porteira, outra do pessoal daqui da região, uma minha. Enfim, a ideia é ajudar no resgate da viola e levá-la para muitos outros campos, mostrando a sua potencialidade e criando novas possibilidades. E isso é muito bem aceito pelo público — conta.

— Esse tipo de trabalho costuma também atrair para a viola público de vários outros gêneros musicais. Acredito que é para o bem de todos, da cultura. Tenho 7 CDs gravados e um DVD, todos nessa linha, incluindo composições de vários artistas, domínios públicos, e músicas de minha autoria. Tem discos meus disponíveis até no exterior — continua Enúbio.

Ele se apresenta constantemente por toda a região de Ribeirão Preto, e bastante em eventos de viola que acontecem por todo o país.

— Faço shows, participo de festivais, festas de peão, simpósios, palestras, lançamentos de livros, e outros eventos. Recentemente toquei em Itamonte, MG, e na capital São Paulo. Além disso, dou aulas de viola e tenho uma loja de instrumentos musicais. Entre os meus alunos tem gente jovem, de meia idade e pessoas bem maduras, gente de todo tipo querendo aprender viola, o que faço questão de ensinar com o maior prazer — finaliza.

Para contatar Enúbio Queiroz: enubio@enubioviola.com.br, ou (17) 3234-4769 / 3233-6716.